Aparentemente, um acidente nuclear russo foi escondido da humanidade

Desde meados da década de 1980, um grupo de cientistas foi apelidado de ‘Ring of Five’, algo como “Anel dos Cinco”, em livre tradução. Eles começaram a observar a atmosfera por toda a Europa. Esses cientistas estão em busca de distúrbios e/ou níveis elevados de radiação. Em suma, o grupo, em julho, divulgou os resultados do estudo que fizeram. Em suma, foi onde apontaram evidências de um possível acidente nuclear que não foi revelado a cerca de dois anos.

Em 2017, o grupo teria detectado “uma liberação sem precedentes” de radiação, na Europa e na Ásia. Entretanto, nenhum país assumiu responsabilidade pelo ocorrido. De acordo com os cientistas, o lugar, onde o suposto acidente ocorreu, foi o complexo nuclear de Mayak, na Rússia. No passado, o lugar foi o centro de um programa soviético de armas nucleares.

Nesse ínterim, quando supostamente tudo aconteceu, autoridades russas negaram que a instalação fosse a fonte da liberação. No entanto, na época, o país, de proporções continentais, mostrou níveis elevados de um isótopo radioativo, chamado rutênio-106. De acordo com autoridades da Rússia, a radiação teria a ver com um satélite artificial, que teria pegado fogo na atmosfera. Agora, o estudo, apresentado pelo Ring of Five, contradiz tal alegação.

Nesse ínterim, durante as pesquisas, os cientistas localizaram a fonte de emissão da radiação. Sendo esta uma área na Rússia. Em síntese, localizada ao sul dos Montes Urais. Do mesmo modo, outra descoberta feita pelo grupo de cientistas é que a radiação partiu de um local de reprocessamento nuclear. Surpreendentemente, o que separa plutônio e urânio do combustível nuclear usado.

Posteriormente, o professor da Universidade de Hannover, na Alemanha, e um dos principais autores do estudo, Georg Steinhauser, sugeriu que a instalação de Mayak é o local de origem mais provável. Isso porque é a maior instalação de reprocessamento nuclear da região. Ademais, esta não seria a primeira vez que a instalação de Mayak, estaria envolvida em um incidente.

Surpresa nuclear

Em 1957, na instalação, ocorreu um acidente de contaminação radioativa. Em suma, é o que ficou conhecido como desastre de Kyshtym. Sendo este considerado o terceiro pior acidente nuclear do mundo, atrás apenas de Fukushima e Chernobyl.

Após o desastre na Usina Nuclear de Chernobyl, em 1986, o Ring of Five, grupo que reunia cientistas vindos da Suécia, Alemanha, Finlândia, Noruega e Dinamarca, pediu ajuda de outras nações. Em suma, o auxílio era para ampliar sua capacidade de ação. Atualmente, o grupo conta com pesquisadores de 22 países.

Surpreendentemente, a descoberta do rutênio-106, na atmosfera, em 2017, marca a primeira vez que o elemento foi encontrado em tal condição desde Chernobyl. Mesmo o acidente em Fukushima, em 2011, não liberou níveis detectáveis do isótopo. “Ficamos surpresos. Estamos monitorando o ar 24/7, 365 dias por ano e, de repente, descobrimos algo incomum e inesperado”, disse Steinhauser à Business Insider.

Depois dois anos estudando o caminho feito pelo isótopo radioativo na atmosfera, os pesquisadores determinaram que as evidencias apontavam para o complexo de Mayak. Até o momento, a Rússia não emitiu uma resposta sobre o estudo. Apesar dos níveis de radiação detectados não serem uma ameaça imediata à saúde humana, as consequências, a longo prazo, são desconhecidas.

De acordo com Steinhauser, a liberação nuclear “não foi nada, se comparada a Chernobyl”. Porém, ele observou que ainda era a “maior liberação única de reprocessamento de combustível nuclear que já aconteceu”.

Então pessoal, o que acharam da matéria? Deixem nos comentários a sua opinião. Posteriormente,  não esqueçam de compartilhar com os amigos.

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