Ciência e Tecnologia

Após serem hackeados, mosquitos ”evoluem” e se tornam ainda mais resistentes

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Às vezes, a ciência pode ser uma faca de dois gumes. Nem sempre os experimentos dão certo, como o planejado. E pelo contrário, às vezes, podem dar muito errado. O que foi feito, para resolver um problema, acaba se tornando outro ainda maior. E foi, exatamente isso, que aconteceu com um experimento feito em mosquitos.

A ideia era muito simples. Com o aumento considerável de mosquitos, em todo o mundo, devido as mudanças climáticas, os cientistas pensaram em uma forma de diminuir a sua população. Para isso, eles modificaram geneticamente os seus genes para que os seus filhotes morressem imediatamente. Mas acontece que esses mosquitos geneticamente modificados se misturaram com outros insetos que espalham doenças pela natureza. A esperança era que a população de mosquitos desaparecesse. Mas o plano não deu certo, e só piorou ainda mais a situação. Aparentemente, esses novos mosquitos se tornaram ainda mais resistentes e mais difíceis de erradicar.

O experimento

Infelizmente, o plano de acabar com os mosquitos não deu certo. Os mosquitos que foram geneticamente modificados, se misturaram com a população de insetos selvagens. Segundo um estudo, publicado na revista científica Nature Scientific Reports, por um tempo, o número de mosquitos, em Jacobino, no estado da Bahia, diminuiu drasticamente. Porém, só por algum tempo.

Cerca de 18 meses depois disso, a população de mosquitos voltou a subir. De acordo com o New Atlas, mais do que isso, os novos híbrido genéticos voltaram ainda mais fortes. Eles se tornaram mais resistentes à tentativas futuras de acabar com a espécie. Essa mistura acabou dando a eles novas características.

Os mosquitos, responsáveis por transmitir diversas doenças perigosas, como zika, dengue e malária, estão se espalhando como nunca antes. Grande parte disso, devido às mudanças climáticas globais.

E para lidar com essa questão, e combatê-los, os cientistas apresentaram uma solução. O experimento envolvia a alteração genética dos insetos, para que os mesmos não pudessem mais se reproduzir. E assim, conter o crescimento da população desses mosquitos.

“A alegação era de que os genes da cepa de liberação não entrariam na população em geral porque os filhotes morreriam. Porém, isso obviamente não foi o que aconteceu”, explicou o pesquisador Yale Jeffrey Powell, ao New Atlas. Ele que é um dos autores do artigo.

Modificação genética

O caso aconteceu no Brasil, quando os mosquitos selvagens acasalaram com a população de insetos modificados geneticamente. Essa mistura acabou criando um novo tipo de híbrido genético, muito mais robusto e resistente do que os insetos selvagens.

Aparentemente, até agora, essa nova variante não se mostrou um perigo real, ou, pelo menos, não adicionalmente. Os cientistas, por trás do experimento, afirmaram que ainda não entenderam completamente como isso afeta as coisas daqui para frente. E muito menos, o impacto disso para as gerações futuras. “É o resultado imprevisto que é preocupante”, disse Powell.

E você, o que achou disso? Já tinha ouvido falar sobre modificação genética em mosquitos? Acredita que isso possa ser um perigo, para os seres humanos? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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