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Exercício afeta cada pessoa de forma diferente. Estudo mostra o porquê

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Todos nós sabemos sobre a importância de fazer exercícios físicos constantemente. Isso porque a prática de desportos produz melhorias, não somente estéticas, como também condicionamento para o praticante. Especialistas recomendam ao menos uma caminhada por dia, pois isso aumenta a produção de endorfinas, diminui a tensão muscular e abaixa o hormônio do estresse.

Mesmo que a prática de exercícios seja benéfica para todos, ele afeta cada pessoa de uma forma diferente. Alguns podem ver os níveis de resistência aumentando, já outros sentem os benefícios na melhora dos níveis de açúcar no sangue. Finalmente os cientistas acreditam ter descoberto o motivo.

Um novo estudo foi feito com 654 adultos que tinham um estilo de vida predominantemente sedentário. Eles então foram submetidos a um programa de exercícios de resistência durante 20 semanas. Nesse período, os níveis de aproximadamente cinco mil proteínas diferentes no sangue dos participantes foram analisadas.

Pesquisa

Os pesquisadores identificaram centenas de proteínas correspondentes à “capacidade de treinamento” de uma pessoa. Ou então até que ponto elas respondem ao exercício. Essas descobertas podem fazer com regimes de exercícios personalizados mais eficazes sejam feitos. O que, por sua vez, irá ajudar os cientistas a combater doenças.

“Embora os grupos como um todo se beneficiem do exercício, a variabilidade nas respostas entre quaisquer dos indivíduos submetidos ao mesmo regime de exercícios é realmente impressionante. Até o momento, nenhum aspecto do perfil clínico de base de uma pessoa nos permite prever de antemão quem tem maior probabilidade de obter um benefício significativo para a aptidão cardiorrespiratória do treinamento de exercício”, explicou Robert Gerszten, chefe de medicina cardiovascular do Beth Israel Deaconess Medical Center (BIDMC).

Ao todo, 147 proteínas foram associadas à aptidão cardiorrespiratória, que tecnicamente é conhecida como VO2máx. Ela mede quanto oxigênio o corpo inteiro pode usar e transferir para os músculos E quanto maior for o valor, mais em forma a pessoa está.

Observações

Além disso, os pesquisadores identificaram 102 proteínas que estão relacionadas à mudanças no VO2máx depois que o estudo de exercícios acabou. Após identificadas, as proteínas foram trabalhadas em uma pontuação que previu a treinabilidade de uma pessoa.

Através dessa pontuação, os pesquisadores conseguiram escolher os voluntários do estudo quais o  VO2máx não aumentaria muito com os exercícios de resistência. Isso é uma coisa útil quando o assunto é tentar melhorar o condicionamento.

“Os níveis basais de várias proteínas previram quem responderia ao protocolo de treinamento de exercícios muito melhor do que qualquer um de nossos fatores de paciente estabelecidos”, disse Gerszten.

O chefe de medicina cardiovascular do BIDMC também disse que seus colegas fizeram um estudo comunitário separado. Esse estudo juntou algumas das proteínas identificadas com um risco maior de morte precoce para apoiar a ideia de que essas proteínas têm uma relação íntima com a saúde cardíaca e com as taxas de mortalidade.

Análises

Por mais que seja improvável que em um futuro próximo exista uma pílula de exercícios, essa pesquisa mostra como o corpo humano responde ao exercício físico, e como as pessoas podem ser capazes de criar rotinas de atividades mais personalizadas e eficazes.

Além disso, esse estudo foi o primeiro a examinar a ligação entre as proteínas e o VO2máx de forma tão detalhada. Agora, o próximo passo é testar a hipótese em uma amostra de pessoas maior. Até porque, embora esteja claro para os pesquisadores que cada pessoa responde de uma maneira diferente ao exercício físico, ainda é menos claro o motivo de isso acontecer.

“Agora temos uma lista detalhada de novos compostos sanguíneos que informam ainda mais nossa compreensão da biologia do condicionamento físico e da adaptação ao exercício, e predizem as respostas individuais a um determinado regime de exercícios”, concluiu Gerszten.

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