Armadura da ‘imortalidade’ protegia alma da elite chinesa há dois mil anos

As antigas civilizações alcançaram criações que são impressionantes até os dias de hoje. Um exemplo disso são os antigos chineses da dinastia Han, que governou a região de de 206 a.C. a 220 d.C. Esse povo criou um traje funerário com jade e fios de ouro. Essa armadura da imortalidade era usada pelos membros da realeza, governantes e pela elite. Quando ela era usada, o que eles acreditavam era que ela dava a seu usuário a possibilidade de alcançar a imortalidade.

Claro que essa armadura da imortalidade não era uma coisa simples de ser feita. Para se ter uma ideia, cada uma era feita com milhares de peças de jade em um formato único, e elas eram costuradas pelos artesãos com fios de ouro. E uma das armaduras encontradas pelos arqueólogos tinha 2.498 peças de jade.

Por conta dessa enorme quantidade de pedras, o tempo estimado pelos pesquisadores cogitava que seria necessário 10 anos para que uma armadura da imortalidade fosse criada por completo. Até porque, ela era projetada para que protegesse o corpo inteiro, e até a alma.

Armadura da imortalidade

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Os antigos chineses da dinastia Han acreditavam que esse traje protegia a pessoa falecida na vida após a morte e evitava que acontecesse a decadência mortal.

Em vários textos da época da dinastia Han essas armaduras da imortalidade são citadas. Contudo, elas só forma descobertas em 1968, quando duas delas foram desenterradas pelos arqueólogos na província de Hebei, no nordeste da China.

A armadura da imortalidade foi usada nos enterros do governante da dinastia Han, Liu Sheng, o príncipe de Zhongshan, e sua esposa, a princesa Dou Wan. Além do traje, os dois foram encontrados com pedaços de jade em cima dos seus olhos, ouvidos e mais orifícios corporais.

Outra descoberta na época foram várias regras chamadas “O Livro de Han Posterior”. Nele é descrito de forma detalhada como a armadura da imortalidade era feita e como os diferentes tipos de fios deveriam ser usados conforme o status social da pessoa falecida. No caso do traje de um imperador, eram usados somente fios de ouro, já nas pessoas da elite, as armaduras eram feitas com fios de seda.

De acordo com historiadores, a prática de enterrar as pessoas com essa armadura acabou nos anos 500 d.C., no reinado do imperador Wen de Wei Ocidental. Isso aconteceu porque as armaduras eram extremamente valiosas e estavam sendo alvo de sequestradores.

Fonte: Olhar digital

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