Curiosidades

Evatima Tardo: a mulher imune ao veneno de cobra

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No ano de 1897, Evatima Tardo foi descrita pelo jornal The New York Times como “a mulher mais extraordinária e estranha do mundo”. Isso porque Evatima podia ser picada por diversas cobras ou até mesmo ser crucificada sem sentir dor ou sem ser abalada pelo veneno. Ela era imune às mais conhecidas substâncias nocivas, o que intrigava os médicos da época, que chegaram a realizar diversos testes com a mulher.

A condição de Evatima causava tanto espanto à população que ela realizava apresentações em teatros, apenas para demonstrar as experiências de cobras a picando. A mulher não demonstrava nenhum sinal de dor e “em uma ou duas horas, as feridas cicatrizavam”, segundo a publicação do The New York Times.

Evatima

Wellcome Collection

Uma outra singularidade da mulher é que ela conseguia controlar a circulação do sangue. “Podem fazer um corte até em um ponto onde não há maneira de um cirurgião interromper o fluxo de sangue. Tardo, entretanto, consegue interromper o fluxo em um segundo e logo depois permitir que o sangue volte a fluir”, informou o jornal. 

A condição de Evatima

Para ela, ser mordida por uma cascavel era “tão excitante quanto beber um uísque”. Essas foram palavras da própria Evatima ao jornal Inter Ocean. Na ocasião, ela explicou também que não ficava bêbada. A mulher poderia beber facilmente um litro de uísque sem sentir qualquer efeito. 

No dia 19 de fevereiro de 1898, o Topeka State Journal relatou que Evatima havia sido pregada em uma cruz (por vontade própria) pela terceira vez em dois dias, na frente de mais de mil pessoas. Vários médicos foram convidados para assistir às cenas. 

Chicago Tribune

“Eles examinaram os pregos, o martelo, a cruz e a mulher (…) e ficaram próximos enquanto os pregos enormes passavam pelo pé esquerdo e mão direita dela, fixando-os na madeira”, relatou o jornal. “Então eles esfregaram os olhos para confirmar que o que viram era verdade, se beliscaram para provar que estavam acordados e finalmente declararam que se tratava de um capricho da natureza como nunca antes registrado na história da medicina”, completou o periódico.

Picada de cobra na infância

De acordo com o The New York Times, “substâncias tão mortais como os germes da cólera, difteria, tísica (tuberculose) e febre tifoide foram injetadas no sangue dela, que não temeu o contágio porque eles nunca lhe causaram problemas”. Evatima descobriu que era imune a veneno de cobra quando, aos cinco anos, foi picada por uma. 

A única coisa que a criança sentiu foi um forte sono. Não foi necessário sequer a ida a um médico para a administração de antídotos que inibissem o veneno, já que nenhum efeito tinha sido sentido. 

Para o médico William J. Byrnes, a explicação para a mulher não sentir qualquer dor está justamente nessa picada de cobra sofrida na infância. “Atribuo sua condição anômala atual à mordida de cobra que recebeu quando criança. Essa mordida paralisou seus nervos sensoriais e inoculou seu sistema com o veneno”, escreveu em um comunicado à imprensa.

O assassinato

Mesmo em meio a crucificações e picadas de cobra constantes, Evatima faleceu de uma forma que interrompeu sua vida em minutos. Aos 34 anos, a mulher foi assassinada por Thomas McCall, que ouviu de uma cartomante que havia outro homem na vida de Evatima. 

O crime aconteceu em maio de 1905. Evatima estava em um bar chamado Arkansaw Club, quando foi surpreendida por Thomas, que atirou no coração da mulher. Algumas horas depois, o atirador suicidou-se.

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