Curiosidades

Arte egípcia de 4.600 anos atrás revela um ganso extinto

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Conforme os anos vão se passando, mais coisas sobre o nosso passado são descobertas. Infelizmente, ainda há muito o que descobrir, para que possamos chegar às conclusões sobre o mundo de anos atrás. Contudo, estudiosos já conseguiram desvendar vários mistérios antigos, mas ainda faltam vários a serem descobertos e desvendados.

Por isso é que as descobertas arqueológicas são tão importantes para o futuro da nossa humanidade. Arqueólogos do mundo inteiro dedicam suas vidas para encontrar fósseis, objetos e registros antigos.

Agora foi descoberto que obras de arte enfeitavam as paredes da tumba de uma príncipe egípcio por mais de quatro milênios. Dentre essas obras de arte tem imagens de um pássaro completamente desconhecido pela ciência moderna, até agora.

Por mais que os arqueólogos tenham olhado para as representações das aves aquáticas locais desde que a descoberta foi feita, em 1871, ainda foi preciso uma investigação taxonômica inteligente feita por um biólogo evolucionário para ver os pássaros como eles realmente eram.

Pintura

Então, no passado, Anthony Romilio, da University of Queensland, na Austrália, observou mais de perto os seis pássaros que estavam representados em uma peça famosa conhecida como Meidum Geese. Ela é uma pintura de 4.600 anos que os historiadores descrevem como “uma das grandes obras-primas gênero animal egípcio”.

Embora ela ocupe o lugar na história do registro mais antigo de pássaros com detalhes suficientes para identificar uma espécie, a identidade dessas espécies nunca foi precisamente dita.

No entanto, agora parece que o motivo pode ser porque um deles não pode ser encontrado em nenhum livro de ornitologia.

“Aparentemente, ninguém percebeu que retratava uma espécie desconhecida. A licença artística pode explicar as diferenças com os gansos modernos, mas as obras de arte deste site têm representações extremamente realistas de outros pássaros e mamíferos”, disse Romilio.

Dentre os mamíferos representados estão cachorros, gado, leopardos e um antílope branco conhecido como addax. Todos eles foram preservados com detalhes impressionantes dentro na tumba do príncipe Nefermaat I, da quarta dinastia, e da sua esposa Itet.

Mesmo com várias obras tendo sido saqueadas por décadas depois da descoberta, a pintura com os gansos foi realocada por Luigi Vassalli, um egiptólogo italiano, e garantiu a conservação da obra.

Gansos

Agora, a obra está no Museu de Antiguidades Egípcias do Cairo e ainda continua sendo um objeto de debate. A maioria concorda que dois dos três pássaros voltados para a esquerda são grandes gansos-de-testa-branca. Esse é um animal de tamanho médio que ainda é encontrado no hemisfério norte.

Contudo, a identidade do primeiro e último pássaro da pintura ainda é uma dúvida. Os zoólogos são incapazes de decidir se é um exemplo de ganso cinzento, que é o ancestral da maioria dos gansos domésticos, ou então um ganso feijão.

Ainda na pintura tem dois pássaros  cinza e vermelhos um pouco menores virados para a direita. Eles se parecem com gansos de peito vermelho, que é um ganso raro encontrado em toda Europa Ocidental. Entretanto, as opiniões variam a respeito se é um caso encerrado ou se essa correspondência está passando.

Como nenhum vestígio dessa espécie foi descoberto em qualquer sítio de escavação do antigo Egito a classificação dela é duvidosa. E ao invés de simplesmente improvisar, Romilio usou uma estrutura mais objetiva para comparar 13 características visíveis em cada um dos animais segundo uma escala de dissimilaridade conhecida como “critérios de Tobias”.

“Este é um método altamente eficaz na identificação de espécies usando medições quantitativas de características-chave das aves, e fortalece muito o valor da informação para a ciência zoológica e ecológica”, explicou.

Observações

Segundo essa avaliação, o par de pássaros é bem diferente dos gansos do peito vermelho para ser considerado uma combinação próxima o suficiente. Isso levando em consideração a possibilidade de interpretação artística.

Já os pássaros que as pinturas podem representar, suas plumas aumentadas são diferentes o suficiente para fazê-las se destacaram como relativamente únicas. Isso indica que  mais provável que essa espécie simplesmente não seja mais vista.

“Do ponto de vista zoológico, as obras de arte egípcias são a única documentação desse ganso com padrões distintos, que agora parece estar extinto globalmente”, conclui Romillio.

Agora o que aconteceu com esse ganso em particular ainda é um mistério que precisa ser resolvido.

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