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As plantas carnívoras do mundo estão com mais problemas do que o imaginado

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As plantas carnívoras fazem parte de um seleto grupo dentro do reino das plantas. Em especial, por conta da sua singular alimentação de pequenos animais. Diferente da maior parte das plantas, as carnívoras utilizam suas folhas com formato de boca para capturar insetos. Do mesmo modo, o fazem para conseguir os nutrientes para a sobrevivência.

Essas plantas são extremamente curiosas de serem estudadas. Mas infelizmente, elas estão desaparecendo rapidamente. Basicamente, a primeira avaliação sistemática feita sobre as plantas carnívoras no mundo todo descobriu que um quarto de todas as espécies conhecidas estão em risco iminente de extinção.

“Sem uma ação urgente, podemos perder algumas das espécies mais ecologicamente únicas. Evolutivamente interessantes e celebradas pela horticultura do planeta”, alertaram os cientistas.

Em janeiro desse ano, os pesquisadores descreveram aproximadamente 860 espécies de plantas carnívoras ao todo. Por mais que os habitats delas variem, essas plantas, geralmente, são encontradas em pântanos.

Plantas

E infelizmente, as zonas úmidas são algumas das mais vulneráveis à derrubada. Igualmente como a extração de madeira e mudanças climáticas. Por conta disso, o futuro das plantas carnívoras é colocado em conflito. O desenvolvimento humano e as emissões de poluição ameaçam.

Nos últimos anos, as lançadores e as dioneias têm tido mais interesse dos cientistas e do público. Mas em vários casos, o estado de conservação delas é desconhecido.

Em 2011, uma revisão das espécies de plantas carnívoras descobriu que a perda de habitat era mais ameaçada por conta da agricultura. Do mesmo modo pela coleta de plantas selvagens, poluição e por mudanças nos sistemas naturais. Na época dessa pesquisa, somente 600 espécies tinham sido descritas.

Somente nos outros anos, é que os pesquisadores começaram a entender as plantas carnívoras muito melhor. E também suas implicações. Implicações que preocupam os cientistas. Se nada mudar, de acordo com as previsões, quase 70% das  espécies serão impactadas de maneiras ruins. Em suma, resultado da mudança climática. E em 2050, é esperado que várias espécies percam 100% do seu alcance potencial.

Juntando os dados completos ou parciais de todas as espécies conhecidas, os pesquisadores descobriram que as plantas carnívoras eram as mais diversas em algumas das regiões mais desmatadas do planeta. Como por exemplo, na Austrália Ocidental, Sudeste Asiático, Mediterrâneo, Brasil e leste dos Estados Unidos.

Ameaça

Além disso, os autores disseram que 8% de todas as  espécies, 69 no total, estão criticamente ameaçadas. Em síntese, entre essas, 6% estão em perigo, 12% estão vulneráveis e 3% quase ameaçadas.

“Globalmente falando, as maiores ameaças às plantas carnívoras são o resultado de práticas agrícolas e modificações nos sistemas naturais. Bem como mudanças ambientais em escala continental causadas pelas mudanças climáticas”, disse o botânico e ecologista Adam Cross da Curtin University, na Austrália.

“Na Austrália Ocidental, que abriga mais espécies de plantas carnívoras do que qualquer outro lugar na Terra, a maior ameaça continua sendo a limpeza do habitat para atender às necessidades humanas.

Posteriormente, resultando nas mudanças hidrológicas. E, claro, no aquecimento e na tendência do clima de secagem que afeta grande parte da Austrália”, continuou.

Em suma, mesmo que as plantas possam fugir do desenvolvimento humano e das mudanças climáticas, várias delas não tem para onde ir. Segundo a análise global, pelo menos 89 espécies são conhecidas somente em um único lugar.

E no mundo todo, quase um quarto de todas as espécies estão enfrentando três ou mais ameaças a sua existência. Coisas como mudança climática global, o desmatamento de terras para agricultura, mineração e desenvolvimento e caça ilegal.

“Iniciativas de conservação devem ser estabelecidas imediatamente para evitar que essas espécies sejam perdidas nos próximos anos e décadas. Uma ação global urgente é necessária para reduzir as taxas de perda de habitat e mudanças no uso da terra.

Particularmente em regiões já altamente desmatadas que abrigam muitas espécies de plantas carnívoras ameaçadas. Incluindo habitats na Austrália Ocidental, Brasil, sudeste da Ásia e Estados Unidos da América”, disse o taxônomo e botânico, Alastair Robinson, do Royal Botanic Gardens Victoria, na Austrália.

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