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Médicos retiram cisto de 5 kg do ovário de mulher durante cirurgia de emergência no Piauí

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Uma idosa de 66 anos teve alta na última segunda-feira (9) em Bom Jesus, no sul do Piauí. A paciente foi até o hospital Regional Manoel de Sousa Santos para investigar as fortes dores abdominais que estava sentindo há 30 dias, além das alterações intestinais. Ao final, os médicos retiraram um cisto de 5 kg de seu ovário em uma cirurgia de urgência.

Dessa forma, a direção da unidade de saúde relatou que a idosa passou 10 dias internada antes da cirurgia para a realização de exames. De acordo com o enfermeiro, coordenador do centro cirúrgico, Fábio Santos, não notaram alterações visíveis no físico da paciente. Porém, quando realizaram exames físicos e de imagem, perceberam o cisto no ovário.

Apesar do tamanho surpreendente do cisto, Santos relata que a operação ocorreu de forma tranquila, sem complicações. Assim, realizaram uma laparotomia exploradora com anestesia geral, com retirada da massa cística em região anexial esquerda, com peso de 5 kg.

“A operação foi um sucesso, muito tranquila. A paciente recebeu alta hoje, dois dias após a cirurgia”, comemorou o enfermeiro.

Cisto benigno no ovário

Cisto no ovário

Arquivo/Hospital de Bom Jesus

O Hospital divulgou que a equipe médica enviou o cisto de aspecto benigno para a realização do exame histopatológico (biopsia). Portanto, o exame identificou que ele possuía líquido de origem ovariana, localizado no ovário esquerdo. Porém, o cisto ocupava toda a cavidade abdominal, o que causava compressão no trato intestinal e tórax.

Mulher descobre câncer de ovário após inchaço na barriga

O primeiro sinal que fez a estudante Anne Carrari, de 47 anos, perceber que estava inchada para além do normal era o botão da calça que não fechava. Após um teste de gravidez, ela descartou a possibilidade de uma quarta gestação.

No entanto, o inchaço abdominal persistiu e piorou, logo, ela procurou um médico em menos de um mês de sintomas. Os dois primeiros médicos que a atenderam disseram que eram gases e que não havia motivo para se preocupar.

Já no terceiro atendimento, no pronto-socorro, ela recebeu o diagnóstico de câncer no ovário, em estado metastático. Com isso, sete anos depois, Anne se dedica à missão de informar outras mulheres sobre a doença e diz ter encontrado seu propósito.

Inchaço estranho

“Um dia percebi um inchaço na barriga, fui colocar a calça jeans e o botão não fechou. Achei estranho porque conheço meu corpo, não tinha engordado e estava seguindo a mesma rotina. A calça foi o primeiro indício de que algo não estava normal.”

“Em uma semana, o inchaço aumentou. Mesmo sem alteração menstrual, suspeitei que poderia estar grávida. Fiz um teste e deu negativo – já tenho três filhos, a Camila, o Dereck e o Danilo.”

“Decidi ir ao meu ginecologista, ele disse que eram gases, me passou um remédio antigases e disse para eu não me preocupar porque meus exames de rotina estavam em dia. Uma semana depois, o inchaço aumentou, fui ao pronto-socorro, a médica pediu um raio-X, mas não deu em nada.”

“Ela confirmou que eram gases e pediu para eu intensificar a atividade física que ia passar. Fazia caminhadas para tentar ‘aliviar os gases’, mas a cada semana minha barriga só aumentava”, relembra.

Anne conta que o inchaço só piorou no período de três semanas. Portanto, as calças jeans não serviam mais e a mulher só usava vestidos, legging e moletom. “Já estava com uma barriga que visivelmente parecia de uma mulher grávida. Comecei a me sentir exausta, cansada, um peso no baixo ventre e incômodo para dormir. Fui ao pronto-socorro mais uma vez.”

Péssimo atendimento

“Não me sentia ouvida pelos médicos. A impressão que tinha é que eles não achavam o meu caso sério o suficiente para investigar. Nesse terceiro atendimento, contei tudo o que tinha acontecido para médica e pedi a ela para solicitar algum exame de imagem.”

Anne conta que a médica ficou brava com seu pedido, dizendo que quem direciona a conduta é o médico e não o paciente. Porém, possivelmente por ter notado o desespero da paciente, pediu um ultrassom abdominal.

O resultado identificou uma ascite volumosa, que é um líquido na cavidade abdominal. Quando a médica suspeitou de uma hepatite medicamentosa, pediu uma tomografia.

Nesse exame, localizou-se inúmeros nódulos por todo o abdómen, no peritônio, no fígado e nos ovários. “Fiz mais exames, entre eles o marcador tumoral para tentar identificar o tumor primário, a suspeita era de câncer de ovário. Só após a cirurgia, seria possível fechar o diagnóstico.”

O procedimento cirúrgico

Arquivo pessoal

“Num primeiro momento, a ficha não caiu, eu disse apenas: ‘Vamos fazer o que precisar ser feito para eu ficar bem’, não tinha noção da gravidade do meu caso”, conta Anne.

“Fui para a cirurgia, os médicos fizeram o estadiamento da doença, retiraram as duas trompas, os dois ovários e o útero, e foi confirmado o câncer de ovário, em estágio 4 – já estava com metástase no fígado e no peritônio.”

“Três dias depois comecei a quimioterapia e fiquei assustada. Sofri com os efeitos colaterais: fadiga, enjoos, vômitos, mal-estar, dor no corpo, febre e inchaço. A queda de cabelo foi rápida. Em 15 dias já caíram os primeiros tufos e senti uma dor no couro cabeludo. Minha filha raspou meu cabelo em casa mesmo.

Solidão

Ao pesquisar sobre sua condição, Anne descobriu que mais de 70% das mulheres com câncer de ovário já são diagnosticadas em estágios avançados, com metástase. Nesses quadros, a taxa de sobrevida era menos de 20% em 5 anos.

“Senti uma necessidade grande de encontrar uma mulher que já tivesse passado pela doença e me contar como foi. Instintivamente digitei ‘sobrevivi ao câncer de ovário’, mas não encontrei ninguém. Me senti sozinha, com a sensação de não pertencimento e com medo.”

Dessa forma, Anne criou seu perfil no Instagram, @sobrevivi_ao_cancer_de_ovario, pelo qual mulheres em situações parecidas poderiam a encontrar. “Nunca aceitei essa colocação de prazo de validade ou de sentença de morte em relação à doença.

“Escolhi ser protagonista do meu tratamento, ser uma paciente participativa e não deixar tudo na mão dos médicos, mas trabalhar lado a lado, principalmente no que se refere à minha qualidade de vida, que depende de mim e das minhas escolhas.”

“Acredito que o câncer ressinificou a minha vida porque se não fosse pelo meu diagnóstico, certamente não me dedicaria ao trabalho voluntário e continuaria no piloto automático da vida corrida.”

Fonte: G1

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