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Baracitinibe, remédio usado contra artrite, Covid e dermatite é indicado para tratar queda de cabelo

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A última segunda-feira (13) foi um dia feliz para as pessoas que lutam contra a queda de cabelo nos Estados Unidos. Isso porque o país aprovou o primeiro tratamento sistemático para alopecia areata, doença autoimune que provoca a queda capilar.

Assim, o tratamento é feito com o baricitinibe, também conhecido como Olumiant, nome comercial. O remédio contra queda de cabelo é seguro para pacientes adultos com o quadro grave de alopecia areata. O tratamento atinge todo o corpo, como as sobrancelhas, cílios e axilas, em vez de um local específico.

De acordo com o FDA, a agência reguladora de saúde dos Estados Unidos, já se estudou a eficácia e segurança do baricitinibe em diversas pesquisas. Dessa forma, um estudo até comprovou que com 36 semanas de tratamento, pelo menos 80% de cobertura do couro cabeludo em pacientes retorna.

Além disso, outra pesquisa mostrou que 22% dos pacientes (de um total de 184), que receberam 2 miligramas do Olumiant, e outros 35% (de um total de 281), que receberam 4 miligramas do remédio alcançaram uma cobertura adequada do couro cabeludo.

Porém, apenas 5% dos pacientes (de um total de 189), que receberam placebo, ou seja, substâncias inertes, apresentaram o mesmo resultado. “O acesso a opções de tratamento seguras e eficazes é crucial um número significativo de americanos afetados por alopecia grave”, disse Kendall Marcus, diretor da Divisão de Dermatologia e Odontologia da FDA.

Queda de cabelo

A alopecia areata é um dos fatores que causa a queda de cabelo. Sendo assim, estima-se que mais de 300 mil pessoas sofrem da condição nos Estados Unidos a cada ano.

Nos Estados Unidos, já se aprovou o uso do medicamento em 2018. No entanto, era para pacientes adultos no tratamento contra artrite reumatóide ativa moderada e grave. Além disso, nos EUA, o Olumiant é aprovado para o tratamento de Covid-19 em alguns adultos hospitalizados.

No caso do Brasil, o baricitinibe também já possui registro, sendo para o tratamento de artrite reumatóide ativa moderada e grave e dermatite atópica moderada e grave. Ainda no início deste ano, a droga recebeu aprovação como o primeiro medicamento para o tratamento da Covid-19 no Sistema Único de Saúde.

Alopecia

Foto: Getty Images

A alopecia virou assunto após a cerimônia do Oscar de 2022, nos Estados Unidos. Isso porque, uma das convidadas, Jada Pinkett Smith, sofre com a condição e se tornou alvo de piada do comediante Chris Rock por conta disso.

Então, ao ouvir o comentário comparando sua esposa com a protagonista de “Até o limite da honra” (1997), filme em que Demi Moore raspou seus cabelos, Will Smith, um indicado da noite, se levantou, foi até o palco e deu um tapa no rosto de Rock.

Ao voltar para seu lugar na plateia, ele gritou “mantenha o nome da minha esposa fora de sua boca”, em meio a palavrões, chocando todos os presentes,  assim como os telespectadores.

Com isso, diversas pessoas falaram sobre a queda de cabelo provocada pela alopecia, que pode ser causada por influências genéticas, processos inflamatórios locais ou doenças sistêmicas.

Um dos tipos mais comuns de alopecia é a areata, que é a doença autoimune (quando as células atacam o próprio organismo). Ela afeta cerca de 2% da população mundial em diferentes níveis. Por exemplo, a pessoa pode ter pequenas falhas no couro cabeludo ou na barba, lesões circulares ou até a completa ausência de fios em todo o corpo.

O quadro não é contagioso e nem apresenta riscos à saúde, além da queda de cabelo em si. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), casos de perda total dos cabelos no corpo em decorrência da alopecia são uma minoria, representando apenas 5%.

Agora, com a aprovação de baricitinibe como tratamento da queda de cabelo, as pessoas que sofrem com a alopecia ganharam uma nova alternativa.

Fonte: G1

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