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Anvisa recolhe remédio de hipertensão por possível contaminação durante a fabricação

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adotou uma medida preventiva e recolheu um remédio que pode ter sido contaminado durante o processo de fabricação. O Losartana Potássica 50 mg foi recolhido de forma voluntária pela própria empresa fabricante.

Publicada no Diário Oficial da União na manhã de quarta-feira (08/06), a resolução informa que a suspensão é em relação à comercialização, à distribuição e ao uso do produto. A empresa responsável pelo medicamento é a Vitamedic Indústria Farmacêutica LTDA.

O comprimido genérico costuma ser indicado para pacientes com hipertensão, conhecido popularmente como “pressão alta”, ou que enfrentam algum caso de insuficiência cardíaca. O remédio também pode ser recomendado para tratamento de diabete tipo 2 e de proteinúria (proteína na urina).

Em um comunicado publicado, a empresa afirmou que os recolhimentos são uma forma de precaução iniciada pelas próprias empresas. Isso porque não existem dados para sugerir que o produto que contém a impureza provocou uma mudança na frequência ou natureza dos eventos adversos relacionados a cânceres, anomalias congênitas ou distúrbios de fertilidade. Dessa forma, não existe risco imediato em relação ao uso dessa medicação.

“Essas impurezas advêm do processo de fabricação do insumo farmacêutico ativo e sua presença era desconhecida até a publicação de estudos que indicassem a sua possível formação durante a síntese da substância losartana. As medidas indicadas nesses casos têm impacto em todo o mercado de consumo de losartana, não se restringindo apenas ao Brasil”, disse o comunicado.

Anvisa analisa tirzepatida, remédio capaz de reduzir 22% do peso corporal

Foto: Unsplash / Diana Polekhina

Outro medicamento que está sendo analisado pela Anvisa é o tirzepatida. No fim de março, os resultados dos testes com o remédio contra a obesidade foram considerados animadores. O remédio da Elly Lilly conseguiu reduzir o peso corporal dos pacientes de forma significativa. Agora, logo após receber aprovação da FDA, agência reguladora dos Estados Unidos, o produto deve ser avaliado pela agência brasileira.

Segundo o jornal O Globo, a farmacêutica já pediu para que o remédio seja usado no Brasil e que depende da aprovação da Anvisa para entrar no mercado. Se a análise for positiva, o tirzepatida pode passar a ser vendido no Brasil em meados de 2023, segundo previsão da empresa.

Resultados do tirzepatida contra obesidade

Foto: Puhimec/Envato Elements

Os testes contaram com a participação de 2.539 voluntários, todos com obesidade ou sobrepeso. As pessoas que usaram o medicamento perderam em média 22,5% de seu peso corporal, ou 24 quilos. Já o grupo que recebeu placebo emagreceu apenas 2,4% do seu peso corporal, ou cinco quilos. O medicamento foi testado em doses de 5 mg, 10 mg e 15 mg.

Outro resultado foi que 89% das pessoas que tomaram 5 mg e 96% (10 mg e 15 mg) de tirzepatida alcançaram pelo menos 5% de redução do peso corporal. Em comparação, apenas 28% das pessoas que tomaram placebo reduziram o peso corporal.

“A obesidade é uma doença crônica que muitas vezes não recebe o mesmo padrão de cuidados que outras condições, apesar de seu impacto na saúde física, psicológica e metabólica, que pode incluir aumento do risco de hipertensão, doenças cardíacas, câncer e diminuição da sobrevida”, afirmou o professor Louis J. Aronn, especialista em obesidade, para a Eli Lilly.

Os efeitos colaterais mais relatados estavam relacionados ao trato gastrointestinal e geralmente de gravidade leve a moderada. Foi notado que esses eventos adversos costumavam ocorrer durante o período de aumento da dose. 

“Tirzepatide é o primeiro medicamento experimental a entregar mais de 20% de perda de peso em média em um estudo de fase 3. Isso reforça a nossa confiança em seu potencial para ajudar pessoas que vivem com obesidade”, apontou o médico Jeff Emmick, vice-presidente de desenvolvimento de produtos da Lilly. 

Ainda não há previsão de quando o remédio deve ser comercializado.

Fonte: R7, Olhar Digital

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