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Buraco negro gigantesco de M87 revela luz de todo o universo

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Em termos técnicos, um buraco negro pode ser definido como uma região do espaço da qual absolutamente nada é capaz de escapar. Nem mesmo partículas que se movimentam na velocidade da luz. Ao longo dos anos, esses objetos vem chamam a atenção e alimentam a imaginação de todos. Mas a grande verdade é que, quando se refere ao assunto, ainda temos muito mais perguntas do que respostas.

Eles são sempre objetos de estudo e constantes descobertas. E o primeiro buraco negro fotografado foi o que fica no centro da galáxia M87. Ele é do tamanho do nosso sistema solar e tem uma massa de seis bilhões e meio de sóis.

De acordo com observações feitas com o Very Large Telescope da Agência Espacial Europeia (ESO), mostraram que a galáxia elíptica gigante M87 tinha engolido uma outra galáxia média, nos últimos bilhões de anos.

Foi esse fato que fez com que os astrônomos teorizassem que o buraco negro tinha crescido e se tornado massivo quando se fundiu com outros buracos negros. Por ser a maior e mais massiva galáxia do universo próximo e por causa do seu tamanho os cientistas pensaram que o primeiro buraco negro era o primeiro que eles conseguiriam “ver”.

Telescópio

A foto histórica foi tirada no dia 10 de abril de 2019, com o telescópio Event Horizon Telescope (EHT).

“Compreender os detalhes intrincados dessa observação experimental histórica forçou teóricos como eu a pensar sobre os buracos negros de uma nova maneira”, disse Andrew Strominger. Ele é professor de física e diretor assistente de teoria do Instituto do Buraco Negro, na Universidade de Harvard.

E a existência desse objeto era prevista há 100 anos. “O fato de levarmos cem anos para obter uma imagem clara não é uma medida de quão preguiçosos e lentos são os cientistas. É uma medida de quão grande é o problema. E com que precisão e profundidade estamos entendendo o universo ao nosso redor. É algo no qual eu tenho pensado toda a minha vida científica”, continuou.

A foto foi o auge do trabalho de uma equipe de 200 cientistas, em 59 institutos em 18 países. Ao todo, o projeto usou dados, que foram coletados por oito telescópios posicionados por toda Terra. Juntos, eles criaram uma lente do tamanho do nosso planeta. Ela era quatro mil vezes mais poderosa que o telescópio Hubble.

Luz

Segundo os pesquisadores, a imagem do buraco negro capturou a luz de todo o universo em uma série de anéis. Eles ficaram aninhados ao redor do  objeto. O estudo desses anéis não é possível. “A imagem de um buraco negro na verdade contém uma série aninhada de anéis”, disse Michael Johnson, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian.

“Ao olharmos para esses anéis, estamos olhando a luz de todo o universo visível. Estamos vendo cada vez mais longe no passado. Como um filme, por assim dizer, da história do universo visível”, explicou Peter Galison, da Universidade de Harvard, um colaborador do EHT.

“O que realmente nos surpreendeu foi que, enquanto as subcategorias aninhadas são quase imperceptíveis a olho nu. Nas imagens, mesmo imagens perfeitas, são sinais fortes e claros para conjuntos de telescópios chamados interferômetros. Embora a captura de imagens de buracos negros normalmente exija muitos telescópios distribuídos, as subposições são perfeitas. Para se estudar usando apenas dois telescópios muito distantes. Adicionar um telescópio espacial ao EHT seria suficiente [para capturá-las]”, afirmou Johnson.

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