Ciência e Tecnologia

China vai desenvolver Lua artificial

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A China anunciou que vai construir uma instalação para simular a Lua. É isso mesmo! O país pretende criar um ambiente de baixa gravidade para estudar as melhores formas de exploração lunar. Esse é o primeiro projeto desse tipo no mundo.

A instalação de pesquisa simula um ambiente a vácuo, de baixa gravidade e que usa sustentação por um campo magnético. Uma vez lançado, o simulador fará com que a gravidade “desapareça” durante “o tempo que quiser”, explicou Li Ruilin, engenheiro geotécnico da Universidade de Mineração e Tecnologia da China.

No entanto, a estrutura terá apenas 60 centímetros de diâmetro e será composta por rochas e areia. Esse espaço é bem pequeno e, por isso, não há como um astronauta testar a câmara. Para isso, os testes serão realizados com itens bem menores que uma pessoa. Já foram utilizados uma castanha e um sapo vivo para entender o efeito da “Lua”.

lua

AFP

Quando o campo está forte o suficiente, é possível magnetizar e levitar diversas coisas. Foi exatamente o que ocorreu com o sapo e com a castanha. Outros experimentos na câmara visam entender como e em que intensidade os materiais podem se deformar. Essas etapas de testes são importantes para que os pesquisadores testem certos equipamentos e ferramentas para ver como eles reagem ao ambiente de baixa gravidade da Lua.

A instalação foi parcialmente inspirada por pesquisas anteriores conduzidas pelo físico russo Andrew Geim, nas quais ele levitou um sapo com um ímã. O experimento rendeu a Geim o Ig Nobel de Física, um prêmio dado a pesquisas científicas incomuns.

O objetivo do projeto é permitir a exploração da Lua até 2030. Em 2019, os cientistas chineses pousaram um rover na Lua e, em 2020, trouxeram amostras recolhidas no satélite natural. Até 2030, a China prevê enviar astronautas para a Lua e desenvolver uma base lunar com a Rússia.

A base em parceria com os russos está prevista para 2027 e pretende ampliar as pesquisas acerca do nosso satélite natural. Com isso, a China espera alcançar os Estados Unidos na corrida espacial e, se possível, superar os esforços desse país para a exploração lunar.

Sol artificial

A China é um país bastante ousado quando o assunto é criações. Além de desenvolver uma Lua artificial, a nação já criou um Sol artificial. O projeto foi tão interessante que o reator de fusão nuclear Tokamak Supercondutor Experimental Avançado (EAST, na sigla em inglês em inglês) estabeleceu um novo recorde mundial no início de janeiro ao aquecer seu circuito turbulento de plasma a 70 milhões de graus Celsius.

Wikimedia Commons

A temperatura, mantida pelo reator durante 17 minutos, é cinco vezes maior que a do Sol. Esse foi um indício do potencial do Sol artificial, que pode atingir a temperatura de 120 milhões de graus Celsius por 101 segundos e 160 milhões de graus Celsius por 20 segundos.

Isso se dá porque o Tokamak Supercondutor é capaz de replicar, parcialmente, o processo de fusão nuclear natural das estrelas. É justamente a fusão nuclear a responsável por manter estrelas “acesas” durante milhões ou bilhões de anos. A ideia dos pesquisadores com este Sol artificial é desenvolver uma produção de energia limpa e sustentável. Sem dúvidas, o reator tem muito potencial para isso.

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