A natureza é o lar de várias coisas interessantes que, muitas vezes, não fazem sentido e desafiam regras, por exemplo, esses lagos e rios que não deviam existir de acordo com os pesquisadores. O motivo varia, pode ser a negação da ordem natural ou por o fluxo não fazer sentido.
Um estudo, publicado no periódico Water Resources Research, analisou a drenagem de locais fora do comum nas Américas e descobriu algumas formações naturais que desafiam a ciência, não seguem princípios previsíveis, ou óbvios, de hidrologia e geologia.
Conforme o estudo, essas formações tem perfis esquisitos por fatores como: divergir ao invés de convergir; rios que fluem em duas direções; lagos com duas saídas; bacias hidrográficas com limites ambíguos e outros padrões que fogem do normal.
As formações estudadas foram o rio Orinoco (Venezuela); lago Arroyo Partido (Argentina); rio Wayambo (Suriname); rio Atchafalaya e riacho North Two Ocean Creek (Estados Unidos); lago Punch Bowl do Comitê, Divide Creeek, rio Echinamish e lago Wollaston (Canadá).
Náutica
O mais comum é o caminho dos rios ter três processos: se unir em direção à foz, fluir morro abaixo e desaguar em um corpo d’água, seja um lago, outro rio ou mar. Contudo, esses lagos e rios, que não deviam existir, por alguma razão não cumprem esses processos.
As formações estudadas não voltam para o curso d’água principal depois de se ramificarem. Um exemplo disso é o rio Echimamis, responsável por conectar os rios Hayes e Nelson, que flui para fora na direção dos dois rios. Por isso não se sabe a direção do fluxo e nem o lugar que ela muda.
Outro exemplo é o rio Cassiquiare, na Venezuela, que conecta as bacias do Orinoco e do Amazonas, às maiores do continente. Ele é um braço fluvial para o Orinoco e um afluente para o Amazonas e quando se junta ao Rio Negro, ele deságua no Rio Amazonas.
“É o equivalente hidrológico de um buraco de minhoca entre duas galáxias. Cada um é único em sua própria maneira. Juntas, essas esquisitices hidrológicas ilustram o quanto atemos a aprender sobre a superfície dinâmica da Terra”, disse Robert Sowby e Adam Siegel, autores do estudo.
Segundo os pesquisadores, a maior parte dos lagos e rios que não deviam existir foram descobertos em planícies e selas, que são pontos de elevação mais baixos entre duas mais altas.
Fonte: Náutica
Imagens: Náutica