A imersão tecnológica permitiu trazer soluções que antes eram vistas como distantes. Por exemplo, a realidade aumentada que mistura o mundo real com o virtual criando possibilidades na indústria, na arquitetura e até no mundo dos jogos. Por mais que ela tenha causado uma revolução, agora, pesquisadores da Áustria e do Japão criaram a realidade diminuída.
Através desse mecanismo, é possível tirar objetos de gravações ao vivo, de ambientes tridimensionais, sem ter um atraso de tempo mesmo com a câmera em movimento. Por isso que ela funciona como se fosse o contrário da realidade aumentada, onde os objetos digitais são colocados na cena real. Já na realidade diminuída, eles são retirados e o vazio é preenchido.
Até o momento, os métodos de realidade diminuída conhecidos, precisavam de um grande poder computacional e só eram capazes de gerar uma cena adaptada e com atraso de tempo. Além disso, conforme os pesquisadores, em várias situações as representações feitas eram incorretas.
A nova técnica de realidade diminuída foi uma criação da equipe do Instituto de Computação Visual Universidade de Tecnologia de Graz junto com um grupo da Universidade Keio. Eles combinaram várias tecnologias para criar essa técnica nova. Segundo Shohei Mori, um dos participantes, a técnica funciona como um “photoshop para cenas 3D”.
Chamado InpaintFusion, a técnica usa a pintura 2D como ponto de partida e depois os objetos são retirados de uma cena 3D. Então, as entradas das pessoas na tela 2D são projetadas na cena 3D para dar uma definição no que tem que ser retirado.
O ponto de partida é um quadro-chave, então, um fundo plausível é criado através da coleta e fusão de pixels correspondentes dos arredores do objeto que sairá. Para ter um resultado bom, em 3D, as informações de cor e os dados de profundidade da cena digitalizada são otimizados de forma simultânea para ter um resultado convincente.
Essa realidade diminuída pode ter vários usos, como por exemplo, tirar elementos desagradáveis de vídeos ou fazer uma simulação de mau funcionamento em conjuntos de dados de treinamento para veículos autônomos. Ela, também, pode ser usada na saúde para retirar elementos que distraem do campo de visão durante procedimentos cirúrgicos.
“A tarefa agora é desenvolver os kits de ferramentas apropriados para que essas possibilidades possam ser disponibilizadas a um público mais amplo. Outro objetivo é a geração rápida e eficiente de modelos 3D a partir de um pequeno número de imagens individuais”, concluiu Shohei Mori.
Fonte: Olhar digital
Imagens: YouTube