Curiosidades

Cientistas descobrem para onde vai o “lixo” produzido no cérebro

0

cérebro é, sem dúvidas, um dos órgãos mais importantes, complexos e incríveis do corpo humano. Ele é o responsável por tudo que fazemos. Suas funções são inúmeras e se alguma coisa estiver errada, por menor que seja, podemos ter grandes problemas. E como ele funciona sem parar, as células desse órgão produzem resíduos e, por conta disso, ele tem que fazer uma “limpeza”. Mas para onde vai o “lixo” produzido no cérebro?

O que acontece com o “lixo” produzido no cérebro é uma questão que vários estudos tentam responder há tempos. Finalmente, uma série de três artigos que foram publicados na revista Nature podem ter encontrado a resposta para essa dúvida.

Conforme o artigo, durante o sono, ondas elétricas empurram fluido em volta das células das profundezas do cérebro para a superfície. Quando chegam lá, os resíduos desse fluido são absorvidos pela corrente sanguínea. Depois disso, eles são levados para o fígado e para os rins para que possam ser retirados do corpo.

O amiloide, substância que forma placas no cérebro de pessoas com Alzheimer, é um dos resíduos que é eliminado. Por isso que é acreditado que nos pacientes que sofrem com a condição, a remoção desses resíduos do cérebro seja prejudicado. Sabendo disso, os pesquisadores desse novo artigo esperam que as descobertas ajudem na compreensão de onde o problema está.

Claro que isso não é uma coisa simples de ser feita e são necessários mais estudos. Contudo, os pesquisadores acreditam que se essa drenagem puder ser restaurada, isso pode ser um passo na prevenção do Alzheimer.

“Lixo” produzido no cérebro

CNN

Para onde vai o “lixo” produzido no cérebro, ou seja, a limpeza do órgão está associada com o sistema glinfático. Ele funciona como um encanamento onde a água entra limpa, a pessoa lava as mãos e a água sai suja.

Estudos feitos anteriormente mostraram que durante o sono, o fluido cerebrospinal corre de forma rápida pelo cérebro e elimina os resíduos. Mas nesse novo estudo, os pesquisadores observaram o que o órgão faz durante o sono e fizeram a medição da potência de uma onda elétrica para entender o que empurra o fluido e a forma com a qual ele leva esse “lixo” produzido no cérebro através da barreira que separa o tecido cerebral da corrente sanguínea.

Com isso, os pesquisadores descobriram que as ondas atuam como um sinal e sincronizam a atividade dos neurônios e os transformam em bombas pequenas que empurram o fluido na direção da superfície do cérebro.

Um segundo artigo publicado na Nature fez um teste com ratos com Alzheimer os expondo a rajadas de som e luz. Como resultado, eles viram que a estimulação induziu as ondas cerebrais, o que aumentou o fluxo de fluido limpo para dentro do cérebro e de fluido sujo para fora.

Limpeza

Canaltech

Através desses estudos é possível ver que para que o sistema de eliminação de resíduos do cérebro continue funcionando de forma correta é preciso duas etapas diferentes. Sendo uma para empurrar os resíduos para o líquido que envolve o órgão e outra para que eles sejam movidos para o sistema linfático e depois para fora do corpo.

Mesmo tendo essas descobertas sobre para onde vai o “lixo” produzido no cérebro, algumas controvérsias ainda existem. Tanto que a própria Nature tem artigos dizendo que o sono não ajuda o cérebro na eliminação de toxinas e  que, inclusive, essa limpeza fica menor enquanto a pessoa está dormindo.

Isso mostra que ainda existem muitas coisas para serem compreendidas a respeito do cérebro, que é o órgão mais misterioso de todo corpo humano.

Fonte: Canaltech

Imagens: CNN, Canaltech

Geleira derrete no Alasca mais rápido do que os cientistas imaginavam

Artigo anterior

NASA destaca infográfico da história da Terra na foto astronômica do dia

Próximo artigo