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Cientistas podem ter encontrado o gene da magreza

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Comer é um dos melhores prazeres da vida para muitas pessoas. Mas também é um dos sete pecados capitais. Todos nós já ouvimos que o que não mata, engorda. E a verdade é que se não nos controlarmos com a comida, realmente podemos ter problemas que nos levem à morte.

Todos nós já exageramos na comida. Seja com sorvetes e bolos na comemoração de aniversários, pizzas em casa quando recebemos visitas e aqueles vários litros de refrigerante para matar a sede ou acompanhar um bom filme.

Claro que esses exageros não vêm somente com coisas boas. Comer exageradamente vem com os quilos a mais das calorias que as comidas trazem consigo. Mas com certeza você conhece uma pessoa, ou até mesmo é ela, que come tudo o que quer e parece não engordar. E uma equipe internacional de pesquisadores descobriram esse gene do “come e não engorda”.

O estudo ainda é preliminar, mas esses mecanismos genéticos que ajudam as pessoas a continuarem magras mesmo comendo muito podem ajudar a descobrir novos caminhos no tratamento de obesidade.

Até que esse gene fosse encontrado os cientistas analisaram amostras de DNA e dados clínicos de mais de 47 mil pessoas saudáveis, entre 20 e 44 anos, da Estônia.

“O biobanco da Estônia é único em seus detalhes. Analisamos os mapas genéticos de pessoas com um índice de massa corporal (IMC) abaixo de 18 e os comparamos com os de pessoas com peso normal. E descobrimos a variante genética que se correlacionava com ser super magro”, explicou um dos autores do estudo, Josef Penninger. Ele é professor de genética médica e diretor do Instituto de Ciências da Vida da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá.

Gene

Essa variante é vista no gene ALK. Ele produz um proteína chamada linfoma quinase anaplásico e é envolvida no crescimento celular. Já era sabido pelos cientistas que as formas mutadas desse gene podiam estimular o desenvolvimento de tumores. Isso porque eles já foram vistos em células não pequenas no câncer de pulmão, no linfoma anaplásico de grandes células e no neuroblastoma, que é um tipo de câncer cerebral.

Essa nova descoberta mostrou que uma mutação diferente nesse mesmo gene poderia ter um papel na magreza. Ou na resistência do corpo no ganho de peso. E para testar essa hipótese os pesquisadores analisaram a função do ALK em ratos e moscas.

Com os ratos, os cientistas os alimentaram com uma dieta de Mc Donald’s. Os animais que tinham o gene continuaram magros, agora os sem ficaram obesos. A conclusão que os cientistas chegaram foi que deletar o gene tinha como resultado versões super magras dos animais.

E os resultados também mostraram que o ALK instruía os tecidos gordurosos a queimar mais gordura dos alimentos.

Usos

Por mais que as descobertas sejam promissoras, os cientistas dizem que a variação genética, associada a um IMC baixo, é uma ligação simples e não muito concreta para pesquisa. Por isso, mais investigações são necessárias.

Mas estudos anteriores em populações maiores já mostraram sinais de uma associação entre o peso corporal e essa parte do genoma. E é bem improvável que essa variação exista somente nos cidadãos da Estônia. E em breve será possível analisar a função do ALK nos seres humanos.

“Se você pensar bem, é realista podermos desligar o ALK e reduzir sua função para ver se ficamos magros. Inibidores de ALK já são usados em tratamentos contra o câncer. Poderíamos inibir o ALK e, na verdade, tentaremos fazer isso no futuro”, afirmou Penninger.

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