Cientistas tem fórmula para atrasar envelhecimento em 80%

Para muitas pessoas, envelhecer pode ser um problema. No entanto, a realidade é que o tempo não para para ninguém e todas as pessoas envelhecem com o passar dos dias, meses e anos. Entretanto, isso não para os cientistas de tentarem encontrar formas de atrasar envelhecimento e, de acordo com um estudo feito pelos cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego, a UCSD, parece existir uma esperança para isso.

Conforme os primeiros experimentos feitos com leveduras, tiveram como resultado o prolongamento da vida útil delas em 82%. O primeiro passo para entender essa fórmula para atrasar o envelhecimento é necessário voltar um pouco no tempo em 2020, quando os primeiros experimentos começaram a serem feitos.

Nessa época, os cientistas conseguiram identificar que as células de levedura seguem duas direções diferentes no seu envelhecimento. Metade delas envelhece por conta de um declínio gradual na estabilidade do DNA. Já a outra metade envelhece por conta de uma relação com as mitocôndrias, a parte da célula que produz energia.

Sabendo desses caminhos, os cientistas manipularam geneticamente os processos para aumentar avida útil. Com isso, aumentaram o estudo com o uso da biologia sintética para “criar” uma solução para evitar que as células cheguem aos níveis normais de deterioração relacionados com o envelhecimento. Fazendo isso, eles obtiveram resultados animadores.

Atrasar envelhecimento

Dra Andreia Antoniolli

Assim como a levedura, todas as células de plantas, animais e células humanas tem circuitos que regulam os genes responsáveis pelas mais variadas funções fisiológicas, como o envelhecimento. “Esses circuitos genéticos podem funcionar como nossos circuitos elétricos domésticos que controlam dispositivos como eletrodomésticos e carros”, disse Nan Hao, autor principal do estudo.

No estudo, eles mudaram geneticamente o circuito controlador do envelhecimento celular. Esse novo circuito age parecido com um relógio e é chamado de oscilador de gene. Ele faz a célula mudar de forma periódica entre os dois estados envelhecidos e evita o compromisso prolongado com qualquer um deles. Dessa forma a degeneração celular é retardada.

O novo estudo traz evidências de que é possível atrasar o relógio do envelhecimento e impedir, de forma ativa, que as células se comprometam com um caminho predestinado de declínio e morte. Tanto que as células manipuladas tiveram um aumento de 82% em seu tempo de vida quando comparadas ao grupo de controle.

“Nosso trabalho representa um exemplo de prova de conceito, demonstrando a aplicação bem-sucedida da biologia sintética para reprogramar o processo de envelhecimento celular. Ele pode lançar as bases para projetar circuitos genéticos sintéticos que efetivamente promovem a longevidade a organismos mais complexos”, concluiu Nan Hao.

Fonte: UOL 

Imagens: Dra Andreia Antoniolli

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