O astro Elvis Presley marcou o cenário da música, sendo até apelidado de Rei do Rock. No entanto, o que poucas pessoas lembram é que ele foi importante para eliminar a poliomielite nos Estados Unidos.
No fim da década de 1940, a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil ou apenas pólio, afetava cerca de 35 mil pessoas por ano nos Estados Unidos. O vírus infectava principalmente crianças e era fatal em 20% dos casos.
O cenário deveria ter melhorado em 1955, com a chegada da vacina do médico Jonas Salk. No entanto, não foi isso que aconteceu. O imunizante, produzido pelos laboratórios Cutter, era confiável, e composto pelo vírus inativado. Contudo, alguns dos primeiros lotes distribuídos para a população estavam alterados, e traziam o vírus ativado em suas doses.
Isso resultou em 40 mil casos de poliomielite, causados tanto pela vacinação indevida quanto pela transmissão natural do vírus. O caso é conhecido como o Incidente Cutter.
Mesmo após o problema ser resolvido, alguns americanos continuaram com medo da vacinação. Além disso, era preciso três doses da vacina para obter a imunização, e cada uma custava entre US$ 3 e US$ 5 – valor que, hoje em dia, equivaleria entre US$ 30 e US$ 50.
Por causa do alto preço, famílias com muitos filhos optavam por dar menos doses a eles, o que não era efetivo. Além disso, os jovens acreditavam que a doença era algo exclusivo das crianças e escolhiam não se vacinar.
Influência de Elvis Presley na vacinação
No entanto, tudo mudou em 1956. Elvis Presley, com 21 anos, subiu no palco do The Ed Sullivan Show, o programa de televisão mais popular dos EUA naquela época e cantou sucessos como “Love Me Tender” e “Hound Dog”. Mas antes disso, acatou o pedido da March of Dimes (antiga Fundação Nacional para a Paralisia Infantil) e posou para as câmeras enquanto recebia a vacina contra a poliomielite.
O ato foi repercutido nos principais jornais do país. Na época, apenas 10% dos jovens de Nova York haviam se vacinado, mas a taxa aumentou devido à influência do astro. A March of Dimes, inclusive, começou a oferecer fotos autografadas por Elvis aos fã-clubes que comprovassem que todos os seus membros haviam sido vacinados. Entre 1955 e 1957, os casos de pólio nos EUA caíram 81%.
Mudança entre os jovens
A participação de Elvis nessa história é apenas uma parte de um movimento maior. Os jovens na época, que antes não queriam se vacinar, criaram um grupo chamado Adolescentes Contra a Poliomielite (TAP, sigla em inglês), apoiado pela March of Dimes.
O grupo colaborou com funcionários de saúde pública para custear injeções e ajudou na organização de eventos de vacinação.
A TAP até mesmo lançou o projeto “sem vacinas, sem encontros”: caso o pretendente romântico não estivesse imunizado, nada de visitas. Além disso, nas festas, apenas os que apresentavam o comprovante de vacinação eram bem-vindos.
Amigo de infância de Elvis Presley revela mania peculiar do astro
A influência de Elvis Presley na indústria musical permanece mesmo após a morte do artista. Na última semana, a cinebiografia Elvis, de Baz Luhrmann, subiu para primeiro lugar nas bilheterias dos Estados Unidos, superando o sucesso do ano “Top Gun: Maverick”. O filme deve chegar ao Brasil em 14 de julho.
Para celebrar a estreia, a Fox Nation publicou o especial “Inside the Gates of Graceland”, trazendo detalhes dos corredores da histórica mansão de Presley em Memphis, no Tennessee.
O especial também mostra a coleção de carros clássicos e os móveis exclusivos escolhidos a dedo por Presley.
Além disso, um dos entrevistados pelo especial foi Jerry Schilling, que nutriu uma amizade com Elvis por 23 anos. Ele conheceu o astro quando tinha apenas 12 anos.
Jerry relembrou momentos vividos em Graceland antes da morte de Presley e revelou manias do músico. “Ele nunca a chamou de Graceland. Era a sua casa”, disse.
“Elvis queria tudo impecável. Ele era um louco por limpeza, incluindo seus carros e tudo mais. Essa parte da história foi mantida exatamente como era…”, contou Schilling sobre a casa que foi preservada, idêntica a como era quando Presley estava vivo.
Fonte: Superinteressante, Aventuras na História
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