O Egito e seus costumes são sempre bem estudados pelos arqueólogos. Esse povo acreditava na vida após a morte e, segundo suas crenças, o espírito da pessoa voltaria a tomar conta de seu corpo e de suas riquezas. Portanto, foram erguidas pirâmides para abrigar seus cadáveres, até que seu espírito retornasse. Para preservar o corpo para esse momento, o processo de mumificação foi criado, e assim nasceram as primeiras múmias.
Além dos egípcios, várias civilizações também tinham as múmias como uma coisa comum. No Egito, mais especificamente, a prática da mumificação surgiu há cinco mil ano e durou até 1.700 anos atrás. Com o passar do tempo, a prática da mumificação foi desaparecendo por várias razões, como por exemplo, a influência do Cristianismo, que é uma religião com outras ideias a respeito da vida após a morte.
Dentre as múmias mais conhecidas está a do faraó egípcio Tutancâmon. Ele subiu ao trono por volta do ano 1330 a.C., quando tinha somente nove anos de idade, e governou até sua morte, aos 18 anos.
Múmias
Em 1922, o arqueólogo inglês Howard Carter encontrou a tumba do famoso faraó em uma pirâmide no Vale dos Reis, ao sul do Cairo. Sua tumba era feita de ouro e nela foi encontrado o corpo mumificado do faraó, coberto com uma máscara de ouro. Além dos restos mortais, também foram encontradas aproximadamente cinco mil peças. Dentre elas, joias, vasos, e esculturas.
Para as pessoas que são fascinadas com múmias, um dos lugares mais recomendados no mundo é o Museu do Cairo, na capital do Egito. No museu, que tem uma grande variedade delas, além de faraós ou reis, também são expostas múmias de pessoas que nunca foram soberanas e de outras grandes autoridades do Egito Antigo.
Um fato curioso é que não eram apenas humanos que passavam pelo processo de mumificação na antiguidade. No Egito Antigo, animais como cachorro, gatos e pássaros também eram mumificados. Isso acontecia porque eles acreditavam que os animais eram representações dos deuses sagrados, e quando eram mumificados, eles serviam de símbolo ao culto dessas divindades.
Mumificação
Embora se conheça muito sobre as múmias, principalmente as do Egito Antigo, várias pessoas não sabem como o processo de mumificação é feito. Então mostramos aqui como é.
1 – Limpeza
O ritual para a mumificação acontecia em tendas nas margens do rio Nilo, na região onde ficavam os cemitérios. O primeiro passo era colocar o corpo que se tornaria uma múmia em uma mesa e depois lavá-lo com água do rio. Geralmente, mais de um corpo era limpado ao mesmo tempo.
2 – Esvaziar
Para que se evitasse a decomposição do corpo, todos os órgãos internos eram retirados. Apenas o coração era deixado porque os egípcios acreditavam que ele era o centro da inteligência e a força da vida dos homens.
3 – Proteção
Embora os órgãos fossem retirados, alguns deles eram guardados em vasos com símbolos que representavam os quatro filhos de Hórus, o deus dos céus. Os vasos representavam: Duamutef, um cachorro, que cuidava do estômago; Qebehsenuf, um falcão, que cuidava dos intestinos; Hapi, babuíno, que cuidava dos pulmões; e Amset, um humano, que cuidava do fígado.
4 – Secagem
Depois da retirada dos órgãos, o próximo passo no processo de mumificação era a desidratação. Ela era feita para evitar que a múmia apodrecesse. Para isso, o corpo era enchido com natrão, um sal comum na época. O corpo ficava com ele durante 40 dias. Nesse tempo, o sal sugava todo o líquido restante no corpo.
5 – Beleza
Quando o corpo já estava seco, ele recebia óleos e ervas perfumadas. Além disso, dentro do corpo era colocado serragem e plantas secas para que ele não se deformasse.
Apenas quando tudo isso estava feito é que o corpo começava a ser enfaixado com tiras de linho. Esse enfaixamento podia chegar a ter até 20 camadas.
6 – Corpo todo
O enfaixamento no processo de mumificação tinha uma sequência para acontecer. Ele começava na cabeça, depois ia para as mãos, pés e só depois disso era feito o resto do corpo.
Nessa última etapa do processo, o sacerdote que estava à frente do ritual usava uma máscara de Anúbis, o deus dos mortos. Quando a mumificação estava completa, a múmia ia para o sarcófago e depois para o túmulo. O que variava era o túmulo para onde ela ia, podendo ser uma cova simples ou então uma pirâmide monumental.
Fonte: UOL
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