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Como funciona o cérebro de uma fã de serial killers?

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Eles são assassinos cruéis, que sem o menor remorso, torturam e matam, apenas pelo prazer de matar ou porque não tem medo das consequências de cometer tamanha atrocidade. Esses são os serial killers, indivíduos frios e sem escrúpulos. Então, por esse motivo, por todas essas atrocidades, eles deveriam despertar o medo, a raiva, angústia nas pessoas, ou qualquer tipo de sentimento de repulsa. Mas nem sempre é isso que acontece. Por incrível que pareça, esses assassinos em série carregam uma legião de fãs apaixonadas. Embora muitos deles, como o serial killer de Goiânia, suspeito de matar 39 pessoas, tenham matado mulheres, são as próprias mulheres é que nutrem uma paixão doentia, por esses homens. E como explicar essas paixões por serial killers?

Esse é um tipo de comportamento, que desafia a razão, e por isso mesmo, é tão difícil de entender. Mulheres que amam assassinos de mulheres? Não faz muito sentido, mas para compreender esse tipo de comportamento, é preciso deixar a lógica de lado para pensar sobre o ser humano e seus sentimentos.

Mulheres e serial killers

“A natureza humana é muito diferente daquilo que comumente acreditamos. Também acho que não dá para julgar que essas mulheres sofrem de uma carência enorme e, por isso, são capazes de tudo. É muita simplificação”, explica o psiquiatra, Estevam Vaz.

Mas afinal, o que essas mulheres apaixonadas, querem com um serial killer? O psiquiatra forense Guido Palomba, argumenta que essas mulheres veem nesses criminosos alguma segurança, principalmente quando estão presos, porque assim elas sabem ondem eles estão, não tem outra mulher para trair. É como se o homem estivesse sempre à disposição dela. Quando esses serial killers estão soltos, isso não acontecesse.

“Uma das características principais desses romances é que os presos aceitam essas mulheres, porque, para eles, tudo é lucro. Eles não têm nada a perder, elas levam bolo, cartinha de amor. Mas é um romance que acaba no alvará de soltura. A maioria absoluta das vezes acontece isso. Assim que eles têm o alvará de soltura, elas levam um fora”, diz Palomba.

A paixão

Tatiana Ades, psicanalista e especialista em questões de amor patológico, aponta um traço em comum, nessas mulheres que se apaixonam por serial killers. A maioria delas sofre de cegueira emocional, e por isso, acabam nessas relações atípicas.

“Essa “cegueira emocional” nos mostra um perfil feminino com uma autoestima extremamente baixa e um desejo irreal de modificar um criminoso, desejo esse que se torna um estímulo pra que ela se sinta poderosa e dominadora”, explica a psicanalista.

É comum ainda que essas mulheres acreditem que tenham superpoderes e que serão capaz de mudar qualquer perfil, mesmo os mais drásticos. Sem contar ainda que elas se sentem atraídas por psicopatas, porque acreditam, com certeza, que, com elas, nada irá acontecer.

“Ela despreza tudo o que ele fez e acredita que um homem que odeia as mulheres pode amá-las. Há uma distorção da realidade, uma psicose. Tem uma adrenalina só de pensar em se envolver com o outro que mata e destrói. É algo químico”, continua Ades.

Esse tipo de comportamento pode ser uma consequência da falta de inteligência emocional, que é a capacidade de agir diante dos obstáculos da vida e perceber quando alguém representa um perigo. E nesse caso, de paixões por serial killers, o perigo é evidente. Segundo Ades, eles simplesmente não tem empatia por outro ser humano.

“Eles simplesmente usam essas mulheres para brincar. O psicopata adora a sensação de poder que tem sobre o outro. Quando eles percebem alguém que sente muito, se divertem mais. Eles estão morrendo de rir e se divertindo com isso tudo. Impossível que tenham qualquer afeto”, finaliza a especialista, nesse tipo de relação.

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