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Como morreu Ayrton Senna?

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Se você é um fã de corridas automobilísticas, mais precisamente Fórmula 1, já ouviu falar de Ayrton Senna. Esse foi um dos maiores pilotos de todos os tempos, afinal, colecionou vitórias nas pistas do mundo todo. Conforme o tempo passava, mais conquistas o brasileiro conseguia e assim foi até o dia de sua morte. Ayrton partiu e deixou um grande vazio nas pistas de corrida e também no coração de todos os seus fãs.

Se despertou curiosidade em você sobre a vida dele, provavelmente quer saber sobre o último dia de Senna. Eventualmente, trouxemos para você, caro leitor, mais uma história da nossa série que fala das mortes de grandes personalidades. Confira conosco a história de vida e como morreu Ayrton Senna. Não se esqueça de comentar pra gente o que achou, afinal, o seu feedback conta muito.

No dia primeiro de maio de 1994, o Brasil parou, atônito e incrédulo, diante da televisão. De forma trágica, Ayrton Senna bateu sua Williams TW16 na curva tamburello, no Grande Prêmio de San Marino, que foi disputado em Ímola, na Itália. Infelizmente, poucas horas após o acidente, veio a notícia que ninguém queria ouvir. Um dos maiores pilotos de todos os tempos, ídolo de uma nação, havia morrido.

História de Ayrton Senna

Ayrton Senna da Silva nasceu no dia 21 de março de 1960, na cidade de São Paulo. Ele tinha dois irmãos. Viviane, a mais velha, e Leonardo, o caçula. Desde pequeno sua paixão era correr. A princípio no kart e logo foi se destacando. Se mudou para a Europa para poder competir em categorias cada vez maiores. Enfim chegou na Fórmula 1. Estreou em 1984, na Toleman. Depois, passou dois anos na Lotus, em 1987, foi para a McLaren, equipe que o consagrou. Lá, vivenciou uma das maiores rivalidades da história com o piloto francês Alain Prost. Mesmo entre gigantes, o brasileiro se sobressaía. Conquistou o mundial de Fórmula 1, em três anos: 1988, 1990 e 1991.

Depois de conquistar o tricampeonato pela McLaren, Senna ainda ficou na equipe mais dois anos. Entretanto, o carro já não era mais competitivo. No final de 1992, a Honda encerrou sua parceria com a McLaren e parou de fornecer motores para a equipe. Estava na hora de se despedir de sua parceira de longa data. Ayrton Senna ia para a Williams. E a título de curiosidade, a Williams seria a penúltima equipe da carreira de Ayrton. De acordo com pessoas próximas, o seu sonho era se aposentar na Ferrari. Ou seja, Senna iria passar pelas três maiores equipes da época. Contudo, como sabemos, infelizmente, esse sonho jamais foi concretizado.

Carreira profissional

A primeira temporada na Williams não ia tão bem. O carro de Senna não havia sido projetado para ele. No caso, seriam necessários alguns meses de ajustes e modificações para que, da metade para frente da temporada, ele finalmente pudesse competir de igual para igual com as equipes de ponta. O grande prêmio de San Marino havia chegado. E àquela altura, ninguém sabia que a história da Fórmula 1 seria mudada para sempre. Logo no primeiro treino livre, um acidente já dava indicativos de que seria um final de semana ruim para o esporte. O piloto brasileiro Rubens Barrichello sofreu um grave acidente na sexta-feira, dia de treinos livres. Milagrosamente, ele sobreviveu.

Um dia antes da corrida, no sábado, dia 30, veio mais um choque para todos. O austríaco Roland Ratzenberger perdeu o controle do seu carro quando a asa dianteira se soltou. Ele bateu a mais de 300 quilômetros por hora, em um muro na curva Villeneuve. Ele sofreu diversos traumas cranianos e sua morte foi confirmada minutos após ele dar entrada em um hospital da cidade de Bolonha, próximo ao circuito. Pelas leis italianas, o circuito deveria ter sido fechado e a morte investigada. Porém, por pressão dos organizadores, mesmo com a tragédia com o piloto austríaco, ficou decidido que a corrida ocorreria normalmente. Mesmo contrariado e fortemente abalado, Ayrton iria para a pista.

Postura de Senna

Um detalhe muito importante a respeito de Senna, é que o piloto sempre se preocupou com a segurança dos pilotos que arriscavam suas vidas em carros que iam a mais de 300 quilômetros por hora. Por várias vezes, Senna apontava os riscos que eles corriam e costumava exigir melhorias nos carros. Só que geralmente seus pedidos não eram atendidos e suas falas constantemente ignoradas pelo alto escalão da FIA e da Fórmula 1.

Por causa disso, Senna nem chegou a participar do treino de classificação. Mesmo assim, naquela época, por já ter feito o melhor tempo na sexta, ele largaria em primeiro. Veio o domingo, dia primeiro de maio. Chegou a hora de colocar as máquinas para funcionar. Em algumas imagens feitas pela TV, era nítido no olhar de Ayrton a sua tristeza com os acontecimentos recentes e a forma com que os pilotos eram tratados. Ele havia passado toda a manhã praticamente em seu Motor-Home, conversando com seu engenheiro e pessoas da equipe.

Mas, de qualquer forma, a largada seria dada. As luzes se apagaram e a corrida começou. Senna largou bem e Schumacher vinha logo atrás. Só que, ainda na largada, aconteceu um acidente. O carro, que sairia em quinto, não conseguiu andar. A Benetton de Jyrki Jarvilehto ficou parada por conta do motor que não funcionou como deveria. O português Pedro Lamy não percebeu isso e acertou em cheio a traseira do caro de Jyrky. Pedaços dos dois carros voaram pela pista e chegaram a atingir a arquibancada. Novamente, um outro acidente em Ímola.

Acidente

O safety car teve que entrar na pista para que os destroços pudessem ser removidos. Senna havia largado bem e se mantinha na ponta. Mesmo com a re-largada, Senna liderava a prova e vinha muito bem. Era impressionante como em apenas quatro corridas ele já havia conseguido melhorar detalhes que deixassem a Williams mais rápida, mesmo tendo severas desvantagens em comparação com a Benetton. Uma volta antes do seu acidente, o piloto tinha feito a volta mais rápida da corrida até então.

Só que tudo mudou na famosa curva tamburello. A cena, muitos conhecem. Ao invés de fazer a curva e seguir o traçado natural da pista, a Williams de Ayrton se choca violentamente contra o muro de proteção do circuito. Posteriormente, o piloto não se move mais.

O que poucos sabiam na hora era que a barra de direção do carro de Senna havia se quebrado. Não havia como o piloto fazer a curva. Poderia mexer o volante como quisesse, mas as rodas não iriam responder adequadamente. O piloto então percebeu isso e, de acordo com dados da telemetria, até tentou reduzir a velocidade do carro que entrou na curva a cerca de 300 quilômetros por hora e bateu por volta dos 200. Mesmo tendo conseguido diminuir a velocidade, o impacto ainda era muito forte. Dá para ter noção da proporção da batida ao ver como ficou o resto do FW16. Infelizmente, a batida provocou danos severos na cabeça do piloto. E isso provocaria a sua morte.

Resgate

Percebendo a gravidade do acidente, os homens de resgate, que ficam de prontidão em caso de acidente, decidiram não mexer em Ayrton e esperaram um dos maiores neurocirurgiões que existia e que estava de prontidão chegar ao local. O médico Sid Watkins foi ao local em pouquíssimo tempo e orientou o procedimento de retirada do piloto do carro. O piloto foi transferido de helicóptero para um hospital na cidade de Bolonha. Segundo relatos de médicos, Ayrton estava perdendo massa encefálica, além de muito sangue. Litros de sangue foram usados para tentar manter o piloto vivo. Ele chegou ao hospital em estado gravíssimo. As atenções do mundo estavam agora no local onde Senna lutava para sobreviver.

Um detalhe que chamou a atenção de muita gente, e que causou revolta em alguns fãs da Fórmula 1, foi o fato de que, mesmo após a forte batida de Senna, e naquela altura se sabendo que ele corria risco de vida, somado com a morte de Ratzenberger, o Grande Prêmio de San Marino teve uma nova largada e ocorreu normalmente. A justificativa dada posteriormente foi a de que, se o Grande Prêmio não ocorresse, a FIA e a Fórmula 1 teriam prejuízos financeiros. Se essa é uma justificativa válida ou não, não me cabe dizer aqui.

Às 17 horas e 55 minutos, horário local, veio a confirmação da médica Maria Fiandri. Senna já não tinha mais estímulos cerebrais. Naquele momento, todos já tinham entendido o que acabara de acontecer. Porém, a médica ainda não havia dito com todas as palavras. Um pouco mais de uma hora depois, ela voltou a se dirigir à imprensa, visivelmente triste, de forma oficial, e falando da maneira mais simples possível: “Senhores, Senna está morto”.

A notícia

Naquele momento, muitos jornalistas ficaram abalados e começaram a chorar. A notícia, por fim, chegou ao Brasil e fez com que inúmeros brasileiros também ficassem em prantos, inconformados com o que ocorreu.

O corpo do piloto foi trazido em um avião de passageiros comum. O governo brasileiro decretou luto pela sua morte. O cortejo fúnebre é um dos momentos mais marcantes da história do esporte brasileiro. Centenas de milhares de pessoas abarrotaram as ruas de São Paulo. O evento foi mostrado ao vivo por emissoras de TV. O país parou para ver Senna uma última vez. Veja essa matéria em formato de vídeo no nosso canal.

Vídeo

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