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Conheça a cidade onde é proibido morrer aos fins de semana

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Parece brincadeira, mas é real. Não é como se as pessoas pudessem escolher a melhor data para morrer. Até porque, se fosse questão de escolha, muitas pessoas nem iriam escolher morrer. Mas o fato é que um decreto, em uma cidade francesa, acabou chamando atenção da imprensa nacional e até internacional, devido à imposição desse decreto. A prefeita da cidade francesa La Gresle, Isabelle Dugelet, assinou um decreto peculiar, para não dizer absurdo. O decreto, nada comum, se referia aos residentes, para que fossem proibidos de “morrer, em casa ou território comum, aos sábados, domingos e feriados”. Isso mesmo que você leu. A pequena cidade de 830 habitantes, localizada a cerca de 80 quilômetros de Lyon, proíbe os moradores de morrer , aos finais de semana e feriado.

Logo depois da repercussão da notícia na imprensa local, uma explicação no site da cidade sobre o “decreto provocativo” foi divulgada. O conselheiro independente do município escreveu: “a grande angústia de muitos habitantes está oculta devido à situação médica na área. Muitos ainda não têm médico de família e mal recebem tratamento. E assim são penalizados economicamente não recebendo reembolso habitual para pular o sistema”. Segundo a prefeita, o decreto é uma resposta provocativa à falta de médicos na cidade fora de dias úteis.

O problema

Para a maioria dos habitantes de áreas rurais do país, a falta de médicos é um problema antigo. É o que se chama, na França, de “desertos médicos”, áreas onde não há médicos suficientes, para atender toda a população.

Hoje na França, pelo menos oito milhões de pessoas vivem em um “deserto médico”. Ou seja, eles não podem consultar um médico familiar, mais de duas vezes por ano. Justamente por estarem muito longe dos postos de saúde. Além do mais, cerca de 4,4% da população francesa reside a mais de 45 minutos de um pediatra, oftalmologista, ginecologista ou qualquer médico.

O problema ficou mais evidente com o que aconteceu no dia 1° de dezembro de 2019, um domingo. Era por volta de meio-dia, quando uma pessoa morreu, na casa de repouso da cidade. Demoraram cerca de duas horas a mais, para encontrar um médico que pudesse atestar a morte da pessoa, como exige a lei. “É desrespeitoso com o falecido e com as famílias”, disse a prefeita da cidade.

O decreto

Para Dugelet, essa era “a prova do absurdo de um sistema, ao qual o prefeito tinha que responder com um decreto absurdo como esse”, disse ela. “Que penalidade você quer que eu imponha a alguém, que morre em um momento que eu bani?”.

Por mais absurdo que pareça, o decreto foi uma forma, encontrada pela prefeita, para chamar a atenção para um problema, que ela considera de grande preocupação para a sua comunidade.

“As pessoas têm dificuldade em obter tratamento, encontrar um médico e, às vezes, precisam viajar quilômetros. Há muita preocupação com isso, no meu município. A saúde é a principal questão nas áreas rurais. Eu venho chamando atenção dos políticos há anos sobre esse assunto, mas nada está mudando”.

Enfim, e você, o que achou desse decreto? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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