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A execução dos Romanov e a triste história por trás de Anastásia

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A família Romanov era uma família nobre russa e foi a segunda e última dinastia imperial. Essa família governou Moscóvia e o Império Russo por oito gerações entre 1613 e 1762. E entre 1762 e 1917, a Rússia foi governada por uma ramificação da Casa de Oldenburgo, que continuou com o sobrenome Romanov, e hoje ainda é utilizado por seus descendentes.

Mas a família Romanov teve um fim bastante trágico e o motivo pode ter sido o agravamento da guerra civil na Rússia, em 1918. Os corpos deles foram queimados pelos bolcheviques e enterrados em vários locais diferentes.

Na madrugada do dia 17 para 18 de julho de 1918, o ex-czar Nicolau II e o resto da família Romanov, que estavam presos na Casa Ipatiev, em Yekaterimburgo, foram acordados com ordens de ir até o porão da casa com a desculpa de que seriam tirados dali com segurança.

Mas ao invés disso, a família teve um encontro com o pelotão de execução e uma ordem foi dada pelo comandante. “Nicolai Alexandrovich, devido ao fato de os teus familiares continuarem a atacar a Rússia Soviética, o Comitê Executivo dos Urais decidiu levar a cabo a tua execução”.

Depois da ordem, os guardas começaram a disparar contra Nicolau e o restante de sua família, sua mulher, a czarina Alexandra e seus cinco filhos. E com todo barulho e fumaça causados pelas armas usadas, o massacre acabou com o uso de baionetas. Depois de mortos, os corpos de todos da família foram levados para uma região mais afastada e queimados para que não pudessem ser identificados e depois foram enterrados em vários lugares.

Justificativa

Desde quando o Czar foi abdicado, em março de 1917, a família imperial vivia em uma situação precária e em novembro, quando os bolcheviques tomaram o poder, as condições do cativeiro em que eles estavam, ficaram ainda piores. E com a junção do caos que a Rússia vivia com a guerra entre os bolcheviques e as forças que queriam a monarquia de volta, selou o destino de Nicolau II e sua família.

Isso porque se o czar conseguisse ser resgatado pelos seus apoiadores, ele poderia liderar uma contra-revolução e mudar o rumo da guerra civil. E mesmo que não ele, qualquer pessoa da família poderia assumir esse posto e se aclamar herdeiro da coroa e lutar contra os bolcheviques. E foi essa lógica política que fez com que a família imperial inteira fosse executada.

A responsabilidade da ordem para que os Romanov fossem executados é incerta, já que não se sabe com certeza de quem partiu essa ordem final. Se foi das autoridades regionais, da polícia secreta ou do próprio Lenin.

Lendas

A história da execução é real, mas os bolcheviques não queriam que ela fosse ao conhecimento público e por isso, começaram a espalhar boatos de que o resto da família imperial estava viva, menos o czar. E com isso, a filha preferida de Nicolau, Anastásia, acabou se transformando em uma das lendas que mais duraram no século XX. Isso porque as mulheres Romanov resistiram aos primeiros tiros que foram dados contra a família. E depois de um tempo do massacre, algumas pessoas ainda afirmaram ter visto a princesa pedindo ajuda nos vilarejos próximos a Ekaterimburgo.

Depois desse relato, várias Anastásias começaram a aparecer por toda Europa e EUA para reivindicar a fortuna da família. E o caso mais famoso aconteceu em 1970, quando Anna Anderson foi à justiça alemã para se estabelecer como a legítima herdeira dos Romanov. Mas, em 1994, testes de DNA provaram que Anna não tinha nenhuma relação com a realeza russa.

Descoberta

Em 1989, a descoberta dos restos mortais dos Romanov foi divulgada. E em 1998, eles foram levados para a Catedral de São Pedro e São Paulo, em São Petersburgo. Depois de um tempo, a Igreja Ortodoxa Russa anunciou a canonização da família imperial, mas o assunto ainda é um tema sensível e controverso.

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