Ciência e TecnologiaEntretenimentoHistória

Conheça as mais temidas armas de destruição em massa

0

Ao longo da história, os seres humanos sempre tiveram a incrível habilidade de se superar quando o assunto é o extermínio de seus semelhantes. As armas letais e de longa escala passaram por um processo de evolução intensa nos dois últimos séculos. Por isso mesmo, nem todos os países do mundo têm autorização para acessar quaisquer que sejam as armas de destruição em massa. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), inclusive, classifica as diversas armas em quatro categorias: biológicas, químicas, nucleares e radiológicas.

As ADM, ou seja, armas de destruição em massa, são dispositivos capazes de produzir danos propositais e em grandíssima escala. Mísseis e veículos aéreos não tripulados, que podem ser chamados de “vetores”, com capacidade de transportar ADM, não são assim considerados na nomenclatura – mesmo que despertem inúmeras preocupações (claramente legítimas) quanto à segurança internacional.

Bom, sem mais delongas, vamos conhecer a partir de agora as piores armas de destruição em massa que literalmente destroem tudo o que tocam.

1. Armas Biológicas

E qual seria de fato a maior arma de destruição em massa? Bem, as armas biológicas talvez sejam as protagonistas da vez. Elas são extremamente letais pelo fato de espalharem vírus, fungos e bactérias que podem matar gerações de pessoas. Ou seja, é um perigo à curto, médio e longo prazo. O problema se agrava com a existência (se algum dia soubermos que de fato existe) vírus combinados com o puro e simples intuito de matar impetuosamente.

E por que estamos nos preocupando com instrumentos que talvez nem existam? Bem… graças ao surgimento da técnica de edição de genes CRISPR, as armas biológicas estão se tornando cada vez mais uma realidade que pode desencadear guerras (e só essa possibilidade é mais letal do que qualquer outra coisa). Pesquisas mostram que o progresso da ciência está relacionado à evolução das armas biológicas.

2. O Tsar Bomba

Em 1949, os soviéticos decidiram testar seu primeiro artefato nuclear. Resultado? A continuação dos testes. Ao menos 80 foram realizados. Só no ano de 1958, 36 bombas foram “experimentadas”.  No entanto, nada se comparava ao monstro de 26 pés e 27 toneladas que mal se encaixou no compartimento da carga da aeronave “Tupolev”. A própria queda da bomba já foi um desastre. É uma destruidora nata, que foi produzida para ser aplicada como último recurso possível.

A aeronave, toda pintada de branco para amenizar os efeitos do clarão da bomba,  chegou perto de seu alvo: o arquipélago Nova Zemlya, situado no mar ao norte da Noruega e da Rússia. Exatamente às 11h32m (no horário de Moscou), “Tsar” foi arremessada do Tupolev e explodiu. Os rastros criaram uma bola de fogo de cinco milhas de largura que podia ser vista de uma distância de 1 mil quilômetros. O estrago estava feito. A nuvem atingiu uma altura de 64 quilômetros e uma largura que chegou a 100 quilômetros. Todas as casas foram destruídas.

3. A explosão do arroz

Uma arma de cunho biológico tem a ver com a erradicação de plantações. “Quer matar milhões? Deixe-os sem comida”. A “explosão de arroz” é uma espécie de fungo (oryzae de Magnaporthe) que é capaz de destruir várias colheitas de uma só vez. Inteiras. Na década de 1960, os Estados Unidos testaram a arma em dois locais de Okinawa, no Japão. Felizmente, os programas de armas químicas terminaram antes de vermos as consequências dos experimentos.

A explosão de arroz, segundo estudos promovidos pela Universidade do Kansas, está presente ao longo de toda a história da humanidade, especialmente onde o arroz é plantado. Em 1985, foi a vez do trigo protagonizar a praga, que reduziu drasticamente as plantações deste cereal no Brasil. Até o momento, a explosão do trigo se espalhou somente na América do Sul – o que já é incrivelmente preocupante. Uma série de cientistas estão conduzindo pesquisas para verificar e eliminar a doença antes que seja tarde demais.

4. Peste Bovina

Algumas armas são pensadas para retirar a vida instantaneamente, como a soma de líquidos inflamáveis que resulta no napalm. Contudo, outras são produzidas para que as pessoas sofram à longo prazo. A peste bovina é uma doença pecuária que assolou os seres humanos há pelo menos 5.000 anos e só recentemente conseguimos nos livrar desta praga. No entanto, acredita-se que, ao menos uma vez, a peste bovina foi usada como instrumento de guerra e de mortes.

De repente, na Etiópia, durante o século XIX, a peste se alastrou consideravelmente. Não há maiores explicações. Somente aconteceu, como se alguém (ou alguma entidade), tivesse causado a desgraça. Estranho? Talvez nem tanto, se formos pensar em estratégias de guerra. Tudo é possível, não é mesmo? Até mesmo usar uma peste pecuária para promover fome e matar de tempo em tempo.

5. Napalm

Ok, agora vamos aos métodos tradicionais – que podem ser perigosíssimos tanto quanto. Utilizado como armamento nuclear, o napalm é um conjunto de líquidos feitos à base de gasolina gelificada, que se transforma em um gel incendiário. A bomba usada pelos norte americanos durante a guerra do Vietnã foi produzida justamente com essa soma de líquidos inflamáveis.

No entanto, a versão dos Estados Unidos foi ainda mais letal ao usar magnésio, que reage com a água. A arma foi testada pela primeira vez em bombardeios contra Berlim e, posteriormente, Tóquio. O saldo final? Mais de 100 mil pessoas desintegradas pela bomba – e isso só no Japão. Essa é uma das mais temidas armas de destruição em massa.

6. Cyclosarin

Já ouviu falar naquela expressão “é nos menores frascos que existem os melhores perfumes”? Bem, existe um líquido pulverizado e de cheiro doce – semelhante ao pêssego – que é o melhor… para matar pessoas. Cyclosarin é um fosfato orgânico tóxico que supostamente foi produzido pelo Iraque nos anos 1980, e em enormes quantidades. Quando entra em contato com o corpo, é capaz de ser quase que completamente absorvido por meio dos olhos, da pele e das membranas.

Mesmo sendo considerado o menos letal dos agentes nervosos, a recuperação pode ser demorada ou nunca chegar a realmente acontecer. Ou seja, a substância pode tanto matar, quanto impossibilitar que os inimigos ao menos consigam se levantar da cama.

7. Novichok

“Novichok” é uma espécie de grupo com substâncias neurotóxicas desenvolvidas na União Soviética, nas décadas de 1970 e 1980. Algumas são criadas em forma líquida, mas existem agentes que também podem ser sólidos. O armazenamento é feito em dois ingredientes químicos separados. Quando a mistura acontece, a reação surte o efeito tóxico. É uma dentre as várias armas de destruição em massa.

Um problema de logística está no fato de que essas duas substâncias podem facilmente ser encontradas, até porque não estão na lista de produtos banidos. O efeito pode ser sentido nos primeiros 30 segundos e está diretamente relacionado com o funcionamento do cérebro humano. Novichok bloqueia mensagens dos nervos para os músculos, o que provoca o colapso de funções corporais. Doses maiores podem provocar convulsões, interromper a respiração e, consequentemente, levar à morte.

7 animais estranhos que você pode ter de estimação em diferentes partes do mundo

Artigo anterior

O que é ‘Tchutchuca’, o apelido que foi dirigido hoje ao ministro da economia

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido