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Conheça a mulher que viveu quase 100 anos com os órgãos do lado errado do corpo

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O corpo humano evoluiu de primatas comuns para um ser de forma mais esguia e atlética, como conhecemos hoje em dia. Como é comum no processo de evolução de qualquer criatura, o corpo passa por mudanças drásticas. Órgãos são perdidos ou mudados de lugar, dedos extras aparecem. Tudo para que nos adaptemos às exigências da natureza.

Durante o processo, é natural que algumas partes possam aparecer, se transformar ou sumir completamente. Os órgãos do nosso corpo são formados pelo agrupamento dos tecidos, que por sua vez, são formados pelo agrupamento de células. Para que nosso organismo funcione de uma maneira conjunta, os órgãos do corpo formam um sistema onde cada um atua de forma específica para desempenhar uma determinada função. O corpo humano atual que nós conhecemos, possui um espaço destinado para onde cada um de nossos órgãos deve ficar. Mas sempre existe um caso que pode nos surpreender.

Esse caso aconteceu com Rose Marie Bentley, moradora de Oregon. Ela viveu a maior parte de sua vida na cidade junto com seu marido. Os dois tinham uma loja de alimentos. Ela cantava no coral, ensinou numa escola dominical e ajudava a cuidar de um jardim comunitário. Por fora, estava tudo normal com ela, mas por dentro, existia um segredo.

Depois que Rose morreu, seu corpo foi doado à Oregon Health & Science University. Foi então que os estudantes de medicina descobriram que a mulher viveu seus 99 anos com uma condição chamada situs inversus, ou seja, com levocardia.

Essa anomalia médica é rara. Ela faz com que o fígado, estômago e outros órgãos abdominais passem de seu lugar normal, à direita, para a esquerda do corpo. Mas o coração continuava do lado esquerdo do peito. Todos os órgãos de Rose, exceto o coração, estavam do lado contrário.

“Eu sabia que algo estava acontecendo, mas levou um tempo para descobrir como ela foi montada”, disse a instrutora de anatomia Cam Walker.

Condição

Essa condição acomete um em cada 22 mil nascidos vivos. Isso dá menos de 0,0045% da população. E segundo Walker, os que chegam à idade adulta são apenas um em cada 50 milhões.
Mas existem os casos como o de Rose, que não apresentam preocupações mesmo com a assimetria dos órgãos. Na literatura médica, apenas mais dois outros casos são conhecidos de sobreviventes.

Além disso, Rose também tinha outra anomalia chamada hérnia e hiato. Trata-se basicamente de quando a parte superior do estômago se projeta através do diafragma. E a veia cava superior fica anormalmente longa. Além das funções básicas da veia, ela também coletava sangue desoxigenado de sua parede torácica ou da cavidade abdominal.

E mesmo com todas essas anormalidades, a família de Rose disse que ela não tinha nenhuma doença crônica a não ser artrite. Ela removeu três órgãos, incluindo o apêndice. Mas na época, o médico só considerou que ele tinha uma localização anormal.

Os filhos de Rose não sabiam dessa anomalia da mãe e acreditam que nem ela mesma tinha esse conhecimento. “Minha mãe acharia isso muito legal”, disse Louise Allee, filha de Rose.

“Ela ficaria muito feliz por saber que ela poderia ensinar algo. Ela provavelmente teria um grande sorriso no rosto, sabendo que ela era diferente e que mesmo assim conseguiu sobreviver”, concluiu.

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