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Conheça o “maior dinossauro da Europa”, descoberto no Reino Unido

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Fósseis do possível maior dinossauro predador terrestre da Europa foram descobertos na Ilha de Wight, no Reino Unido. Os paleontólogos da Universidade de Southampton, na Inglaterra, identificaram os restos mortais como sendo de um animal que media mais de 10 metros de comprimento e que viveu há 125 milhões de anos.

Os fósseis encontrados pertenciam a um dinossauro espinossaurídeo predador bípede, com cara de crocodilo. De acordo com o estudante de doutorado Chris Barker, líder da pesquisa, era um “animal enorme”.

Os restos mortais, que incluem vértebras pélvicas e caudais, foram encontrados na costa sudoeste da Ilha de Wight.

O espinossaurídeo

Foto: Chris Barker Dan Folkes/ BBC

O carnívoro foi apelidado de “espinossaurídeo de rocha branca”, devido à camada geológica em que seus fósseis foram encontrados.

“Era um animal enorme, com mais de 10 metros de comprimento e um peso provavelmente de várias toneladas”, disse Barker.

“A julgar por algumas das dimensões, parece representar um dos maiores dinossauros predadores já encontrados na Europa — talvez até o maior que se conhece.”

O dinossauro teria vivido no início de um período de elevação do nível do mar. O animal ainda teria percorrido planícies de areia em busca de alimentos.

“Como só é conhecido a partir de fragmentos no momento, não demos um nome científico formal. Esperamos que restos adicionais apareçam a tempo”, explica Darren Naish, coautor da pesquisa.

A maioria dos fósseis foram encontrados pelo caçador de dinossauros, Nick Chase, da Ilha de Wight, que morreu antes da pandemia de covid-19.

“Eu estava procurando por fósseis deste dinossauro com Nick e encontrei um pedaço de pélvis com túneis perfurados – cada um do tamanho do meu dedo indicador”, relatou Jeremy Lockwood, também coautor do estudo, e aluno de doutorado da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, e do Museu de História Natural.

“Achamos que foram causados ​​por larvas comedoras de ossos de um tipo de besouro necrófago. É interessante pensar que esse assassino gigante acabou se tornando uma refeição para um monte de insetos.”

A descoberta foi em decorrência de um trabalho anterior sobre espinossaurídeos da equipe da Universidade de Southampton, que publicou um estudo sobre a descoberta de duas novas espécies em 2021.

Nova espécie de dinossauro carnívoro é descoberta no Deserto do Saara

Foto: Wikimedia Commons/ Reprodução

Também no começo de junho, foi divulgado que paleontólogos da Universidade de Ohio, em parceria com cientistas egípcios, descobriram um fóssil pertencente a uma nova espécie de dinossauro carnívoro, ou  “terópode”,  no oásis Bahariya, um sítio antigo de fósseis na região do Deserto do Saara.

A localização é uma das mais conhecidas do século XX para a paleontologia, por causa dos variados fósseis encontrados em excelente estado. A área do oásis chegou a ser considerada perdida após ter sido bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial.

O estudo da nova espécie foi liderado pelo estudante de graduação de Ohio, Belal Salem. O fóssil em questão é uma vértebra próxima do pescoço de um dinossauro “de corpo amplo”, dos abelisaurídeos. Esse animal tinha o rosto parecido com um buldogue, com dentes e braços pequenos, estimado em tamanho de seis metros.

Uma das características marcantes desse tipo de dinossauro é o par de chifres que ele traz no topo da cabeça. Durante o Período Cretáceo, os abelisaurídeo eram os animais mais geograficamente diversificados, caminhando pelo Egito e seus arredores há mais ou menos 98 milhões de anos.

“Durante a metade do Cretáceo, o oásis de Bahariya provavelmente era um dos lugares mais assustadores do planeta”, afirma Salem. “Como todos os grandes predadores conseguiram conviver nesta época ainda é um mistério, embora isso provavelmente seja um efeito de eles se alimentarem de presas diferentes, se adaptado a caçarem coisas diferentes.” O pesquisador também destacou que oásis é lar da descoberta de outros carnívoros, como o espinossauro.

A vértebra é virtualmente igual a outros fósseis de dinossauros, como o carnotauro, isso facilitou na identificação da nova espécie como um abelisaurídeo.

Fonte: BBC, Olhar Digital

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