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Apesar da inflação, consumo de cerveja cresce no Brasil

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A cerveja é, sem dúvidas, uma bebida de preferência nacional. A maior parte dos brasileiros adora saborear aquela cervejinha. Seja no barzinho, em casa, com os amigos ou seja lá do jeito que for. De todas as formas de álcool, a cerveja é a mais duradoura e popular.

Além disso, parece que a popularidade dessa bebida realmente está acima de tudo, até mesmo da inflação e de uma pandemia. Depois de dois anos com as portas fechadas, o bar do Bigode, em Botafogo, Zona Sul do Rio, voltou a ter movimento no happy hour. Ele foi um dos cinco empreendedores que uma reportagem do G1 acompanhou durante um ano para ver como estava a realidade de tentar sobreviver em meio à crise por conta da pandemia.

Mesmo com movimento, o faturamento do estabelecimento não é nem a metade do que costumava ser antes da pandemia. “Voltou a ter movimento, graças a Deus. Mas, os clientes estão frequentando menos e bebem bem menos que antes também”, contou Irenildo Queiroz, conhecido como Bigode.

Consumo

CNN

Embora o movimento nos bares e restaurantes ainda esteja longe do que era antes da pandemia, o consumo de cerveja está crescendo no Brasil. Não apenas crescendo, como deve registrar um novo recorde nas vendas em 2022. Isso, mesmo com a inflação alta.

Segundo o levantamento inédito da Euromonitor, o volume de cerveja comercializada no nosso país cresceu 7,6% em 2021. Essa porcentagem superou os 5,3% vistos em 2020 e chegou no recorde de 14,3 bilhões de litros. Antes disso, o melhor resultado tinha sido em 2014, quando o Brasil sediou a Copa do Mundo.

O crescimento visto em 2021 aconteceu por conta da volta do consumo fora de casa. Ele foi tão grande que teve um salto de 9,2% comparado com o primeiro ano de pandemia. Ao mesmo tempo, o consumo dentro de casa cresceu 5,4% depois de ter disparado 17,6% em 2020.

Agora, espera-se que o volume total de vendas da bebida cresça de novo, chegando a 8% em 2022. Com isso, alcançará 15,4 bilhões de litros e marcará o quarto ano consecutivo de alta no consumo de cerveja.

Fatores

G1

Por mais que o cenário econômico não esteja favorável, existem alguns fatores que explicam esse crescimento do consumo de cerveja. O primeiro é a persistência do hábito cultural. Tanto que o Brasil é terceiro maior mercado de cervejas, atrás somente da China e Estados Unidos.

Outro fator é o retorno do consumo fora de casa depois de todo mundo ter ficado isolado em casa. Além disso, os preços ainda relativamente acessíveis para a maior parte da população também ajudam no crescimento do consumo.

Um último fator que influencia no crescimento é o grande número de lançamentos feitos pelos fabricantes e o crescimento de dois dígitos desde 2020 nas categorias premium e de cerveja sem álcool ou com baixa caloria.

“Como as pessoas ficaram isoladas em casa por mais de um ano, começaram a sair mais para ‘se vingar’ da Covid. As pessoas querem compensar o tempo perdido e se reconectar com o amigos e com os colegas de trabalho. A cerveja ainda é um produto visto como de indulgência, um item de segunda necessidade básica e uma opção barata e viável de relaxamento”, pontuou Rodrigo de Mattos, analista de pesquisa da Euromonitor.

Fora de casa

G1

De acordo com o levantamento da consultoria Kantar, o total de unidades vendidas fora de casa aumentou 26,8% no primeiro trimestre desse ano em comparação com os três primeiros meses de 2021. Já o consumo dentro de casa diminuiu 3,4%.

Segundo esse estudo, mais pessoas começaram a incluir no orçamento algum gasto com bebida em bar. Contudo, a frequência de consumo fora de casa caiu para 2,9 vezes no trimestre, comparada com uma média de 3,7 antes da pandemia.

“Comparado a 2020, vemos um aumento de 3,5 milhões de pessoas novas consumindo cerveja fora de casa. Esse aumento de numero de compradores compensa a queda da frequência”, pontuou Hudson Romano, gerente sênior da Kantar.

Em outras palavras, mais brasileiros estão bebendo cerveja fora de casa, mas com doses e frequências menores do que era o padrão no mundo pré-pandemia.

Inflação

CNN

De acordo com dados do IBGE, o preço da cerveja subiu 9,38% em 12 meses. Mesmo assim, ainda está abaixo da inflação oficial do Brasil, que tem sua alta em 11,73%. Essa variação de preço fora de casa é bem menor, sendo de 5,22% em 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).

Embora a inflação não tenha feito com que o brasileiro bebesse menos, ela o obrigou a fazer as contas na hora de decidir onde e o que vai beber. “Quem tomava cinco cervejas sozinho, hoje toma duas, quando muito três. Aquele pessoal que tomava duas, três caixas numa noite, pelo que eu venho acompanhando aqui, está muito longe de voltar a fazer isso”, afirmou Bigode.

Marcas mais consumidas

Beer art

Mesmo com a inflação tendo seu impacto na carteira do brasileiro, a tendência é que a cerveja seja colocada no fim da lista na hora de escolher alguma coisa para cortar. E claro que existem as marcas mais consumidas. São elas:

1° – Brahma

2° – Skol

3° – Antártica

4° – Itaipava

5° – Nova Schin

Além das marcas comuns, também existem as cervejas premium. Delas, essas são as mais consumidas:

1° – Brahma (Brahma Extra, Malzbier e outras)

2° – Bohemia

3° – Heineken

4° – Budweiser

Fonte: G1

Imagens: G1, CNN, Beer art

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