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Conheça o planeta que tem um ano de apenas 18 horas e veja o que está acontecendo com ele

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Astrônomos da Universidade de Warwick observaram um exoplaneta orbitando uma estrela, em apenas 18 horas. Com essa descoberta, podemos dizer que um ano nesse planeta dura apenas 18 horas. No entanto, essa informação pode nos revelar muito mais sobre o planeta do que imaginamos.

Com números assim, esse planeta possuí o período orbital mais curto já observado para um planeta deste tipo. Depois da descoberta, ele foi chamado de NGTS-10b, e está a 1000 anos-luz da Terra. Dessa forma, o planeta é um “Júpiter quente”, ou seja, uma classe de planetas com massa e composição comparáveis às de Júpiter.

Um ano que se passa em menos de um dia, na Terra

Essa descoberta foi detalhada em um novo artigo, publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Com a pesquisa, os autores do trabalho acreditam que o planeta esteja espiralando diretamente para a sua autodestruição. “Estamos empolgados em anunciar a descoberta do NGTS-10b, um planeta do tamanho de Júpiter, com um período extremamente curto que está orbitando uma estrela não muito diferente do nosso sol“, afirmou James McCormac, um dos pesquisadores.

Por meio do Next-Generation Transit Survey (NGTS), uma pesquisa com foco em exoplanetas que utiliza as instalações do Observatório Paranal do deserto do Atacam, no norte do Chile, o planeta pôde ser localizado. Segundo McCormac, o NGTS está fazendo um trabalho pioneiro na pesquisa de exoplanetas de observatórios na Terra. “Apesar de, em teoria, um Júpiter quente possuir períodos curtos de órbitas, eles são mais fáceis de serem detectados por conta de seus tamanho. Além disso, eles possuem frequentes passagens e podem ser extremamente raros. De centenas de Júptiers quentes conhecidos, há apenas sete com período orbital de menos de um dia”, afirmou o pesquisador.

De acordo com os pesquisadores, o NGTS-10b tem uma órbita tão próxima do sol que seria o equivalente a ele estar 27 vezes mais próximo do que Mercúrio do nosso próprio sol. Isso quer dizer que ele está perigosamente próximo de seu sol. De fato, ele está tão perto, que está prestes a ser destruído.

Uma destruição iminente

Por meio do estudo, podemos entender melhor um pouco das dimensões do planeta e seus sistema solar. Com isso, a estrela deste exoplaneta tem 70% do raio da nossa. Além disso, é 1000 graus menos quente. Por outro lado, o NGTS-10b é 20% maior que o nosso Júpiter e chega a ter o dobro de sua massa. Os cientistas estimam que o tanto o sol quanto o planeta possuem cerca de dez milhões de anos.

Com o tempo, esse tipo de planeta pode migrar para áreas periféricas de seu sistema solar. Contudo, esse processo faz com ele sua órbita seja radicalmente alterada ou ele seja totalmente consumido. De todo modo, os astrônomos pretendem continuar acompanhando este exoplaneta por pelo menos dez anos. Nesse meio tempo, ele poderão determinar o destino do planeta. Afinal, ele vai permanecer na atual órbita ou vai ‘fugir’ do calor do sol e se destruir no processo?

Por fim, é válido ressaltar que este estudo é uma colaboração entre as universidades do Reino Unido Warick, Leicester, Cambridge, a Universidade Belfast (Irlanda do Norte). Além de ainda contar com apoio do Observatório da Genebra (Suíla), DLR Berlim e a Universidade do Chile.

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