Copa: como surgiu a regra do impedimento no futebol?

Mais uma vez o Brasil está parando para acompanhar a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de futebol FIFA. O evento, que está entre os mais importantes e populares do mundo, acontece a cada quatro anos. Em 2022 o país escolhido para sediar foi o Catar. A Copa do Mundo tem o poder de unir toda uma nação, que veste suas camisas para torcer por suas respectivas seleções.

Aqui no Brasil, país do futebol, é comum encontrar grandes reuniões durante as partidas. Bares e casas cheias de amigos festejando, principalmente em dia de vitória. O futebol é, de fato, o elo que une as pessoas a cada quatro anos.

No entanto, muitos sequer entendem as regras do futebol e acabam torcendo apenas para a bola encostar na rede rival. Assim como em outros esportes, no futebol existem várias regras para deixar a partida mais limpa e justa. Não é apenas jogar a bola no campo e sair chutando. Uma dessas regras, inclusive uma das mais discutidas por leigos, é o impedimento. Se você está acompanhando os jogos, viu que na partida contra a Suíça, no dia 28 de novembro, o gol de Vinícius Jr. foi anulado. Mas por quê?

Na ocasião, antes do passe de Casemiro para o atacante, Richarlison tocou na bola. No entanto, ele estava em uma posição “ilegal”. O jogador estava à frente do penúltimo jogador da Suíça. Isso resultou no impedimento. O camisa 9 da Seleção não poderia ter tocado ou participado da jogada. Muitos se questionaram o motivo do impedimento. Afinal, como e quando surgiu essa regra no futebol?

Como surgiu a regra de impedimento no futebol?

Essa regra é bastante velha. Ela surgiu no ano de 1863 a fim de equilibrar ainda mais as partidas. O impedimento veio junto com a criação da Football Association. Trouxe com ela o que conhecemos como “Laws of the Gamr”, ou “Regras do Jogo”, em tradução livre. Esse é um conjunto de regras do futebol. São princípios que devem ser seguidos dentro de uma partida.

Na lista de regras, o impedimento está listado na décima primeira. Foi então criado para impedir que os jogadores ficassem na “banheira”, ou seja, bem próximo ao gol adversário esperando por um passe fácil. A primeira versão dessa regra era ainda mais restrita do que hoje. Naquela época, nenhum jogador que estivesse à frente de quem está com a bola poderia receber um passe. Desta forma, a bola só poderia ser tocada para trás ou para os lados.

Mudança da regra

A Football Association logo percebeu a rigidez da regra. Três anos mais tarde, vieram as mudanças. Um jogador estaria em posição legal desde que não houvesse pelo menos três adversários entre ele e o gol (o goleiro conta como um deles) ou se estivesse atrás da bola quando ela fosse passada. Posteriormente, outra mudança fez com que o impedimento ficasse como é hoje.

Em 1925, com a FIFA dentro do comitê de decisões, estipulou-se que o jogador precisava estar atrás do segundo adversário entre ele e o gol. E em 1990, a lei foi um pouco afrouxada, permitindo assim que os atacantes estivessem na mesma linha que o penúltimo defensor. Em 2005 ocorreu a última mudança. Foi esclarecido que apenas as partes do corpo que podem tocar na bola devem ser levadas em conta. Desta forma, mãos e braços devem ser ignorados pela linha da regra.

Essa regra tem como objetivo dar mais competitividade aos jogos. Além disso, promove a estratégia e habilidade na partida.

Fonte: Blog Chico Soares

Imagens: Freepik; Atletas do Bem; Estadão