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Dente de Mamute de 12 mil anos é leiloado por pescador

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Em dezembro de 2021, enquanto pescava moluscos nas águas da costa de Newburyport (EUA), Tim Rider fez uma descoberta paleontológica. O pescador se surpreendeu ao tirar do oceano um dente de mamute de 12 mil anos. Agora, o objeto está sendo leiloado para ajudar na guerra na Ucrânia.

Rider e os outros tripulantes do barco não sabiam o que era aquela rocha de 28 centímetros e 3 kg, por isso, procuraram especialistas da Universidade de New Hampshire (UNH) para solucionar o mistério. Com isso, ele descobriu que se tratava de um resto mortal de um mamute-lanoso, espécie que foi caçada por humanos, que utilizavam os ossos e as presas como matéria-prima.

“[O dente] é muito grande”, disse Will Clyde, professor de geologia da UNH, em entrevista ao canal norte-americano NBC Boston. “Eu sempre adoro pensar na paisagem da região de New England com mamutes e mastodontes andando por aí. Em termos de tempo geológico, não foi há tanto tempo.”

Foto: Divulgação / eBay

No entanto, o fóssil não ficou na universidade. Rider decidiu mantê-lo em seu restaurante de iguarias marítimas, o que ajuda a atrair clientes, principalmente crianças.

Sem ter certeza sobre o que fazer com o dente, o pescador teve uma ideia após ler as notícias sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Rider irá fazer um leilão para arrecadar dinheiro e ajudar ucranianos. 

“Eu não posso imaginar como está sendo para aquelas pessoas, então achamos uma organização de caridade que trabalha com comida e o nosso chefe conhecia o trabalho”, informou ele. “Obviamente, eu não posso resolver os problemas do mundo como um pescador, mas posso ajudar a diminuir o sofrimento.” 

O dinheiro do leilão, anunciado no eBay, será destinado à World Central Kitchen, organização que está servindo comida em cidades da Ucrânia e em fronteiras ucranianas com outros países. 

Presa de mamute de mais de 100 mil anos é encontrada em litoral americano

Foto: Divulgação/MBARI

Em 2019, cientistas se depararam com o que pensaram ser presas de elefante enquanto navegavam a mais de 3 mil metros de profundidade no Oceano Pacífico. No entanto, em julho de 2021, descobriram que se tratava na verdade de um vestígio de mamute.

O Instituto de Pesquisa Monterey Aquarium, que investiga as águas profundas do litoral da Califórnia, nos EUA, há mais de 30 anos, informou em novembro de 2021 que o fóssil era o fragmento de um mamute que viveu há pelo menos 100 mil anos.

A datação está sendo feita por Terrence Blackburn, professor associado da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, que criou uma análise de decaimento de isótopos de urânio e tório presentes no dente. Porém, outras teses serão usadas para descobrir o período exato que o mamute viveu.

Foto: Divulgação/MBARI

A presa tem aproximadamente um metro de comprimento e era de um mamute-colombiano, da espécie Mammuthus columbi. A estimativa é que o sequenciamento genético permita comparar o espécime a outros materiais descobertos de mamutes.

“Os restos mortais de mamutes da América do Norte continental são particularmente raros e, portanto, esperamos que o DNA dessa presa vá longe para refinar o que sabemos sobre mamutes nesta parte do mundo”, informou Beth Shapiro, cientista líder da pesquisa.

A presa está em um ótimo estado de conservação, possibilitado pelo ambiente frio e pela alta pressão oferecida pelo oceano, o que ajudará no estudo.

“O ambiente de preservação do fundo do mar deste espécime é diferente de quase tudo que vimos em outros lugares”, afirmou Daniel Fisher, paleontólogo da Universidade de Michigan. “Outros mamutes foram resgatados do oceano, mas geralmente não de profundidades maiores que algumas dezenas de metros.”

Os pesquisadores possuem o objetivo de desenvolver uma reconstituição tridimensional da parte interna da presa para descobrir mais informações sobre o material.

Fonte: Uol, Aventura na História

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