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Depressão pode ser diagnosticada com um exame de sangue simples

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depressão é um distúrbio afetivo que gera tristeza profunda, uma perda generalizada de interesse, falta de ânimo, prazer e algumas oscilações de humor. Mas engana-se quem pensa que existe apenas um tipo de depressão. Existem vários tons sob a tenda da depressão.

Uma vez ou outra, todas as pessoas se sentem tristes ou solitárias quando enfrentam alguma perda, frustração ou alguma dificuldade. Mas quando essas sensações duram por um grande período e se mostram como obstáculos para que a pessoa viva uma vida normal, elas podem ser sintomas de depressão. Quando isso acontece, o indicado é procurar ajuda.

Diagnóstico

No entanto, nem sempre a condição é diagnosticada ou notada a tempo. Contudo, um exame, que foi recém desenvolvido, monitora os biomarcadores sanguíneos que são relacionados a distúrbios de humor. E ele pode levar a um novo método de diagnosticar e tratar depressão e o transtorno bipolar através de um simples  exame de sangue.

Por mais que a depressão seja conhecida há séculos e afete centenas de milhões de pessoas no mundo todo, o diagnóstico dela ainda depende de avaliações clínicas feitas por médicos, psicólogos e psiquiatras.

Os exames de sangue podem ser usados para informar avaliações de saúde, para verificar se os sintomas da depressão podem estar ligados a outros fatores. Mas eles não são usados na prática clínica para fazer o diagnóstico da própria condição de uma maneira objetiva e independente.

Estudo

De acordo com o novo estudo, isso pode ser uma opção no futuro. Para isso, os pesquisadores identificaram 26 biomarcadores, que são indicadores mensuráveis e naturais, no sangue dos pacientes ligados à incidência de transtornos de humor, incluindo a depressão, transtorno bipolar e mania.

“Os biomarcadores sanguíneos estão emergindo como ferramentas importantes em distúrbios onde o auto-relato subjetivo por um indivíduo, ou uma impressão clínica de um profissional de saúde, nem sempre são confiáveis. Esses exames de sangue podem abrir a porta para uma correspondência precisa e personalizada com medicamentos e monitoramento objetivo da resposta ao tratamento”, disse o psiquiatra e neurocientista, Alexander B. Niculescu, da Universidade de Indiana.

Durante vários anos Niculescu explorou essa abordagem. E desenvolveu testes parecidos baseados em biomarcadores sanguíneos para ajudar a prever o suicídio em pacientes, para diagnosticar dor severa e medir níveis de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

Observações

 

Nesse novo estudo, feito durante quatro anos, os pesquisadores trabalharam com vários pacientes do Richard L. Roudebush VA Medical Center, em Indianápolis, EUA. Eles fizeram uma série de testes para conseguir identificar e confirmar biomarcadores de expressão genética no sangue que podem estar ligados aos distúrbios de humor.

De acordo com os pesquisadores, depois de todo estudo eles disseram que 12 dos biomarcadores dão ligações particularmente fortes com a depressão. E seis desses também estão ligados ao transtorno bipolar, e dois podem indicar mania.

“Ao rastrear cuidadosamente um fenótipo com nosso design dentro do assunto na etapa de descoberta e, em seguida, usando a priorização genômica funcional convergente, somos capazes de extrair as alterações periféricas que acompanham e são relevantes para a atividade cerebral estudada, neste caso, estado de humor, e seus distúrbios”, explicou Niculescu.

Realidade

Por mais que o exame de sangue com essa finalidade seja uma prova científica conceito, por enquanto, isso não quer dizer que não exista como dizer quando um teste como esse irá ser disponibilizado para o público. Segundo o esperado pelos pesquisadores, seus resultados vão convencer a comunidade psiquiátrica de que a medicina de precisão tem um lugar no diagnóstico e tratamento da depressão.

“Isso faz parte do nosso esforço para trazer a psiquiatria do século XIX para o século XXI. Para ajudá-la a se transformar como outros campos contemporâneos, como a oncologia.Em última análise, a missão é salvar e melhorar vidas”, concluiu Niculescu.

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