Um novo desafio da NASA foi lançado, oferecendo US$ 3 milhões (cerca de R$ 17,1 milhões) para quem desenvolver soluções inovadoras para a gestão de resíduos humanos no espaço.
Esse problema, que começou a ser enfrentado durante a missão Apollo 11 em 1969, permanece fundamental para futuras missões, especialmente em expedições prolongadas a Marte.
O objetivo não é apenas encontrar uma solução prática, mas também lidar com um obstáculo essencial para o sucesso de longas jornadas espaciais.
A gestão adequada de resíduos no espaço é uma questão crítica para a saúde e segurança dos astronautas, especialmente em ambientes de microgravidade, onde os dejetos podem flutuar e representar riscos à tripulação e aos equipamentos.
O desafio da Nasa busca propostas que abordem o problema de maneira sustentável. Qualquer pessoa ou equipe pode participar do desafio “LunaRecycle”, que aceita submissões até 30 de janeiro de 2025.
Amy Kaminski, executiva da NASA, enfatizou a importância da sustentabilidade tanto no espaço quanto na Terra, acreditando que as lições aprendidas com esse desafio também poderão ser aplicadas em nosso planeta.
O desafio é coordenado pelo Centro Espacial Kennedy, com o apoio da Universidade do Alabama, que auxiliará na gestão dos competidores. As inscrições podem ser feitas diretamente pelo site da universidade.
Via Nasa
Os resíduos humanos no espaço incluem uma variedade de materiais gerados durante a vida cotidiana dos astronautas.
O principal resíduo sólido gerado são as fezes, que pode conter bactérias e patógenos, além de representar riscos de contaminação. No entanto, também existe problemas como urina, um resíduo líquido que, se não tratado adequadamente, pode causar odores, contaminação e problemas de saúde.
Ainda, restos de alimentos e embalagens podem atrair pragas e causar problemas de higiene. O mesmo vale para produtos como lenços umedecidos, materiais usados para cuidados pessoais e outros itens descartáveis.
Lixo de produtos usados para manter a higiene da estação espacial ou da nave também contam.
Via Nasa
A presença de patógenos e bactérias nos resíduos pode representar riscos à saúde dos astronautas, especialmente em um ambiente fechado e de microgravidade.
Além disso, os resíduos não tratados podem contaminar o ambiente da nave ou da estação espacial, afetando a qualidade do ar e a saúde da tripulação. Assim, esse acúmulo pode levar a problemas de higiene, aumentando o risco de doenças e tornando a vida a bordo desconfortável.
Uma gestão ineficaz dos resíduos pode ocupar espaço valioso nas naves e estações espaciais, que são limitadas em capacidade.
E, claro, a disposição inadequada dos resíduos, se não for tratada corretamente, pode ter impactos negativos no meio ambiente quando retornam à Terra.
Portanto, desenvolver soluções eficazes e sustentáveis para a gestão de resíduos humanos no espaço é crucial para a saúde e segurança dos astronautas, bem como para o sucesso de missões prolongadas. Esse desafio da Nasa visa incentivar uma maior participação da comunidade nessa missão.
Fonte: ND Mais