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Donos abandonam cachorro por acharem que ele é gay

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A homofobia é responsável por inúmeras tragédias. Entre elas, mortes, ataques, perda de empregos, separação de famílias e mais. Assim, membros da comunidade LGBTQIA+ sofrem as consequências da homofobia ao redor do mundo, seja por agressões físicas, psicológicas ou sociais. No entanto, o que poucos sabem é que a homofobia afeta até os animais, aparentemente. Por isso, um cachorro foi abandonado após ser visto cruzando com outro macho.

O cachorro Fezco teve de enfrentar essa dura realidade quando seus ex-donos viram que ele havia cruzado com um macho. Como consequência, os humanos decidiram abandoná-lo no condado de Stanly, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, sob a crença de que o cachorro era gay.

De acordo com pessoas que conhecem o cachorro, Fezco tem entre 4 e 5 anos de idade, é dócil e se dá bem tanto com pessoas quanto com outros animais. Com a notícia chegando aos jornais locais, nacionais e, eventualmente internacionais, a Sociedade Americana de Prevenção da Crueldade contra Animais esclareceu que “machos montando em machos (bem como em pessoas e objetos) e mesmo se masturbando são comportamentos normais exibidos pela maioria dos cães”.

Contudo, mesmo com o aparecer da organização especialista, os ex-donos do Fezco defenderam que o comportamento do cachorro é uma prova de que ele é sexualmente atraído por outros machos. Portanto, ele não poderia ficar sob o teto da família. Por isso, muitos internautas que tiveram contato com a história apontaram a decisão dos ex-donos como “odiosa” e “vergonhosa”.

Cachorro é abandonado em abrigo após ser considerado gay

Reprodução

O jornal WCCB, da cidade de Charlotte, fez um post no Facebook divulgando a informação dos Serviços de Proteção Animal de Albemarle, que dissseram que o Fezco está em um abrigo à espera de uma nova família. Além disso, o órgão garante que o cachorro é um “bom garoto”, descrito como dócil e carinhoso.

Homofobia no Brasil

Segundo dados do Grupo Gay da Bahia, o GGB, em 2020, 237 pessoas tiveram morte violenta ligada à sua orientação sexual ou identidade de gênero. Assim, o GGB é responsável por divulgar o Relatório Anual de mortes Violentas de LGBTI no Brasil há 41 anos.

Assim sendo, o levantamento registra 224 homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%) de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais em território brasileiro. Além disso, destaca-se que, pela primeira vez desde 1980, as travestis ultrapassaram os gays em número de mortes. 161 travestis e trans (70%), 51 gays (22%), 10 lésbicas (5%), 3 homens trans (1%) e 3 bissexuais (1%) foram mortos. Já 2 heterosexuais perderam duas vidas após serem confundidos com gays (0,4%).

Esses dados, comparados ao ano anterior, representam uma queda nos índices. Isso porque, em 2019, o número total de mortes violentas foi de 329, o que ponta uma diminuição de 28%. Assim, segundo o GGB, não há explicação sociológica que justifique a redução dos números.

Homofobia nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a homofobia segue em alta. De acordo com uma pesquisa da Southern Poverty Law Center, o número de grupos de ódio anti-LGBTQ cresceram 43% em 2019. Ainda de acordo com o órgão, grupos de ódio contra a comunidade LGBTQIA+ representam o maior crescimento entre grupos de ódio de 2019. Um dos fatores para tal são as falas de personalidades governamentais.

“Grupos anti-LGBTQ se entrelaçaram com o governo Trump e – após anos de progresso dos direitos civis e crescente aceitação entre o público americano em geral – o sentimento anti-LGBTQ dentro do Partido Republicano está aumentando”, afirma o relatório. “Embora Trump tenha prometido durante sua campanha ser um ‘verdadeiro amigo’ da comunidade LGBTQ, ele abraçou totalmente os grupos de ódio anti-LGBTQ”.

Sendo assim, esses grupos de ódio são, em sua maioria, bem estabelecidos, uma comunidade fervorosa.

Fonte: Catraca Livre

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