E se a terra tivesse o dobro do oxigênio?

Insetos gigantes poderiam rastejar na terra ou voar acima dela se o nosso planeta tivesse mais oxigênio do ar. Cerca de 300 milhões de anos atrás, insetos gigantes agitavam todo o planeta, com libélulas tendo asas comparáveis ​​as de falcões, por exemplo. Naquela época, o oxigênio fazia parte de 35 por cento do ar, em comparação com os 21 por cento que respiramos agora.

Nem todos os insetos na época eram gigantes, mas ainda assim, 10 por cento eram grandes o suficiente para serem considerados gigantes. A afirmação e informação veio do fisiologista Alexander Kaiser, especialista em insetos da Universidade Midwestern em Glendale.

Para comprovar que o ar ricamente oxigenado pode resultar em insetos maiores, Kaiser e seus colegas investigaram se a atmosfera atual foi a limitação do tamanho de insetos. Eles compararam quatro espécies de escaravelhos, que variavam em tamanho de acordo com a idade.

Os pesquisadores analisaram o tamanho das traqueias dos insetos, local onde circula ar para dentro e fora de seus corpos. Enquanto os seres humanos possuem uma traqueia, os insetos têm todo um sistema de traqueias que se conectam uns aos outros e a atmosfera.

Os raios X mostraram que a traqueia dos insetos ocupavam mais de seus corpos do que atualmente, cerca de 20 por cento mais. Como os besouros cresceram em tamanho, sua traqueia teve de crescer ainda mais para lidar com as maiores exigências de oxigênio dos insetos.

Com base em cálculos, os pesquisadores descobriram que besouros modernos não podem crescer mais do que cerca de seis polegadas. Os cientistas apresentaram suas descobertas em uma reunião da American Physiological Society.

Outras mudanças

Aviões de papel agora voar mais longe. Com todo o ar extra, a pressão do ar perto da superfície aumenta significativamente. Aviões, pára-quedistas, pássaros e entusiastas de aviões de papel avião teriam seu desempenho melhorado.

O ar enriquecido com oxigênio melhoraria o desempenho dos motores, produzindo reações mais quentes e reduzindo a proporção de nitrogênio, o que reduz a transferência de calor. Além disso, todo mundo se sentiria mais alerta e feliz. O oxigênio melhorar a nossa cognição, atenção e desempenho físico.

Outra coisa que aconteceria é que nós ficariamos doentes com menos frequência. Os neutrófilos, os soldados do nosso sistema imunológico, destruiriam bactérias usando oxidase. O lado ruim é que nós morreriamos mais cedo. Os radicais livres agravariam o processo de envelhecimento através de estresse oxidativo.