Viajar é algo que muita gente gosta de fazer e, sem dúvida, essa é uma das melhores coisas da vida e, sempre, deixa aquela sensação de que o mundo pode estar na palma das nossas mãos. Contudo, dentre todas as possibilidades de destinos, existem aqueles que são, praticamente, impossíveis de chegar, como por exemplo a famosa Ilha das Cobras, no Brasil. Mas além dela, existe uma ilha radioativa que nenhuma pessoa é capaz de ficar por mais de três horas.
No entanto, Kirk Hays, um artista itinerante de 57 anos, viralizou no TikTok depois de ter feito algo bem impressionante: visitar o Atol de Bikini, um lugar bem paradisíaco que ninguém pode morar ou permanecer, por algumas horas, por ele ser radioativo.
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A ilha radioativa fica nas Ilhas Marshall, república independente associada aos Estados Unidos na Micronésia, região do Pacífico Ocidental. Como o feito de Kirk foi impressionante, o vídeo teve mais de 2,2 milhões de visualizações e mais de 210,5 mil curtidas.
Por ser um lugar muito perigoso, não é possível, simplesmente, decidir ir até lá. No caso de Krik, ele planejou, por 4 anos, essa visita de três horas e esse é o tempo máximo permitido por estar na margem de segurança. O pequeno grupo que o acompanhou à ilha radioativa, também, precisou de permissão.
“Tendo crescido durante a Guerra Fria, eu queria ver o local em que a Era Atômica e testemunhar o efeito que fazia às pessoas envolvidas e o impacto no ambiente. Foi preocupante visitar a ilha, que é, ao mesmo tempo linda e um tumor devido a tantas pessoas, incluindo crianças, que sofreram de envenenamento por radiação e efeitos congênitos. Saber que estas praias lindas foram a fonte de radiação que fez com que crianças nascessem sem ossos firmes e a consequência foi suas próprias mães as enterrarem na areia, é um horror, disse Kirk.
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Desde 1996, o Atol de Bikini tem visitas de mergulhadores em expedições curtas. O que os interessa tanto no local? Entre 1946 e 1958, os EUA fizeram 67 testes de bombas e outros armazenamentos nucleares antes de as Ilhas Marshall se tornarem independentes dos norte-americanos, em 1986.
Por conta de todas essas explosões, o atol acabou ficando radioativo em níveis perigosos. Tanto que, em 1946, os 167 moradores do local foram evacuados para as ilhas vizinhas para que os testes pudessem começar sob a desculpa de ser “para o bem da humanidade”. Na época, de acordo com o Museu Smithsonian e do Departamento de Energia dos EUA, os norte-americanos prometeram que os moradores voltariam para o Atol de Bikini.
A partir dos anos 1960 houve tentativas de voltar para lá, mas sem sucesso. Mesmo com as promessas feitas, a ilha nunca mais teve níveis seguros de radioatividade.
Fonte: UOL