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Engenheiros inventaram um método novo para reciclar plástico

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A cada dia que passa, nós chegamos mais perto do colapso ambiental. Problemas no meio ambiente, como aquecimento global e buraco na camada de ozônio, são uma ameaça à vida humana, como também é um perigo para a permanência de qualquer ser vivo no planeta Terra. Mas um dos problemas ambientais que mais preocupam é a poluição, e suas consequências.

Dessas, uma forma que está mais evidente é a poluição de plástico que se descarta na natureza. O material pode demorar até mais de 600 anos para se decompor no meio ambiente.

O pior é que o volume desses materiais, que não são biodegradáveis, está apenas aumentando conforme o tempo passa. Justamente por isso que nós precisamos de novas formas de lidar com ele o mais rápido possível.

Reciclagem

Felizmente, um estudo recente demonstrou na prática um novo conceito para a reciclagem de plástico. Essa maneira se inspirou na natureza e como ela “recicla” os componentes dos polímeros orgânicos que estão presentes no ambiente.

O modelo segue o fato de que dentro dos polímeros orgânicos se quebram as proteínas, de forma constante, em partes e depois remontados em proteínas diferentes. Tudo isso sem que eles percam a qualidade dos blocos de construção. E quando o assunto é reciclagem de plástico, ou seja, um polímero sintético, sem que se degrade-o é preciso pensar melhor.

As proteínas são um dos compostos principais que atuam como blocos de construção para tudo o que é biológico. Elas são cadeias de moléculas longas, conhecidas como aminoácidos. Acredita-se que a forma como essas moléculas podem ser quebradas e reorganizadas mostra uma potencial estratégia para se reciclar os polímeros sintéticos.

“Uma proteína é como um colar de pérolas, onde cada pérola é um aminoácido. Cada uma tem uma cor diferente, e a sequência de cores determina a estrutura do cordão e, consequentemente, suas propriedades. Na natureza, as cadeias de proteínas se dividem nos aminoácidos constituintes, e as células reúnem esses aminoácidos para formar novas proteínas. Ou seja, criam novos fios de pérolas com uma sequência de cores diferentes”, explicou a cientista de materiais Simone Giaveri, da École polytechnique fédérale de Lausanne (EPFL), na Suíça.

Nova forma

Essa nova abordagem foi chamada de “reciclagem de economia circular inspirada na natureza”, ou NaCRe. Nos testes de laboratório os pesquisadores conseguiram dividir as proteínas selecionadas em aminoácidos e depois montá-las em novas proteínas com estruturas e usos diferentes.

Segundo o estudo, esses mecanismos que acontecem de forma natural nas proteínas poderiam ser usados nos plásticos. No entanto, a tecnologia necessária para fazer essa aplicação pode levar um tempo para ser desenvolvida.

Além disso, as diferenças dos polímeros sintéticos para os naturais são grandes e se deve levar em consideração. Contudo, os cientistas dizem que a nova abordagem para a reciclagem é sim viável. E ela manteria os materiais em uso pelo maior tempo possível.

Plástico

“Isso exigirá uma mentalidade radicalmente diferente. Os polímeros são fios de pérolas, mas os polímeros sintéticos são feitos principalmente de pérolas da mesma cor e quando a cor é diferente, a sequência de cores raramente importa. Além disso, não temos uma maneira eficiente de montar polímeros sintéticos de pérolas de cores diferentes de uma forma que controle sua sequência”, ressaltou o cientista de materiais Francesco Stellacci, da EPFL.

Por mais que a humanidade esteja progredindo no combate à poluição por plástico, ainda não se está nem perto do suficiente. Uma mudança radical no pensamento é necessária para que se impeça que esses materiais causem mais danos ao planeta.

Fonte: https://www.sciencealert.com/scientists-have-come-up-with-a-way-of-recycling-plastics-more-efficiently

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