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Entenda como o ‘cisne verde’ pode causar a próxima crise financeira mundial

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Em 2008, o dinheiro estava correndo fartamente nos corredores de Wall Street e a festa parecia nunca acabar, poucos viram que uma crise financeira brutal estava a caminho. Agora, anos depois, uma realidade parecida pode estar se aproximando. Entenda como o ‘cisne verde’ pode causar a próxima crise financeira mundial.

Após a crise de 2008, a urgência, em tentar antecipar crises como essa, cresceu tanto quanto o medo da reincidência. No entanto, diferente de outras crises “passageiras”, as mudanças climáticas relacionadas ao cisne verde trazem um comprometimento diferente para o futuro.

Uma nova crise pode estar se aproximando

Depois da crise de 2008, economistas começaram a usar o termo “cisne negro” para se referir a eventos fora da curva e que têm um forte impacto negativo ou até catastrófico. Contudo, recentemente, um estudo publicado sobre o título de The Green Swan (O Cisne Verde) vem chamando a atenção.

Através da figura do cisne negro, os autores criaram a figura do “cisne verde”. Dessa forma, eles estavam se referindo à perspectiva de uma crise financeira causada pelas mudanças climáticas. “Os cisnes verdes são eventos com potencial extremamente perturbador do ponto de vista financeiro”, resumiu Luiz Pereira da Silva, vice-diretor geral do BIS e coautor do estudo.

Dessa forma, o economista explica que eventos climáticos extremos, como os recentes incêndios na Austrália ou furacões no Caribe, aumentaram sua frequência e magnitude, o que traz grandes custos financeiros. Por exemplo, no Brasil, as fortes chuvas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, causaram mortes e prejuízos materiais. Contudo, esses eventos também causaram interrupções de diversas atividades. Por isso, também causaram um efeito negativo ainda não sendo totalmente medido na economia. “Se houver um efeito cascata na economia, outros setores também sofrerão perdas. Tudo isso pode acabar em uma crise financeira”, disse Luiz Pereira.

Nesse cenário, são adicionados outros riscos que o especialista intitula de “transição”, e que são extremamente perigosos. Isso ocorre quando, por exemplo, há uma mudança abrupta nos regulamentos. Por exemplo, isso pode acontecer com uma proibição repentina da extração de combustíveis fósseis. Nesse caso, o pânico afeta investidores, tudo por meio do efeito cascata.

Com enfrentar um cisne verde?

Mesmo com diversas pesquisas, ainda não há resposta para o que devemos fazer. Isso porque modelos antigos não foram projetados para incluir mudanças climáticas. De fato, estamos enfrentando novos problemas. De acordo com Larry Fink, diretor executivo do BlackRock, o maior fundo de gerenciamento de ativos do mundo, “estamos à beira de uma mudança fundamental no sistema financeiro“.

Mesmo com episódios de crise que duraram muitos anos, todos eles eram de curto prazo. No entanto, tudo pode mudar com as mudanças climáticas. “As mudanças climáticas são quase sempre a principal questão que os clientes em todo mundo levantam para o BlackRock. Da Europa à Austrália, América do Sul, China, Flórida e Oregon, os investidores perguntaram como devem modificar seus portfólios de investimentos”, disse Fink. Por isso, as mudanças climáticas se tornaram um fator determinantes nas perspectivas de longo prazo das empresas. Logo, uma realocação significativa de capital ocorrerá “antes do prazo”.

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