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Entenda como uma noite mal dormida pode aumentar o risco de Alzheimer

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As doenças que afetam o cérebro são vistas como algumas das mais preocupantes que as pessoas podem ter. Dentre esses problemas, está o mal de Alzheimer, uma doença incurável, que vai ficando mais grave com o tempo.

Quem é afetado pelo mal sofre com demência ou perda de algumas funções cognitivas, como memória, orientação, atenção e linguagem. Isso porque as células do cérebro começam a morrer. O diagnóstico, em seus primeiros estágios, pode ajudar a retardar o avanço da condição, mas nem sempre isso é possível.

E hábitos ruins, que quase todos têm, podem influenciar para um aumento do risco de se ter esse mal. Um novo estudo, da Universidade de Uppsala, na Suécia, viu que uma noite de sono ruim já pode ser suficiente para aumentar o risco de se ter esse mal.

Os pesquisadores viram que, depois de uma noite mal dormida, homens jovens e saudáveis tiveram seus níveis de tau maiores no sangue. A tau é uma proteína cerebral que está ligada ao Alzheimer.

Mas não houve um aumento nos níveis de beta amiloide, que é outra proteína cerebral relacionada à doença. Essa descoberta é semelhante a de outras pesquisas recentes, que concluíram que a tau parece ter um papel mais importante quando se trata do Alzheimer.

Essa proteína, normalmente, é encontrada no neurônios ativos e é limpada do cérebro bem rápido. Nas pessoas que têm Alzheimer, ela vai se acumulando e formando emaranhamentos que ficam no cérebro.

Estudo

Para fazer o estudo, 15 homens, com uma média de 22 anos, que afirmavam que dormiam bem, e frequentemente de sete a nove horas por noite, participaram.

Eles foram observados durante seus ciclos de sono. No primeiro momento, eles dormiram normalmente por duas noites. Mas no segundo, eles foram privados do sono por uma noite.

Os resultados mostraram que quando os homens dormiram bem eles tiveram um aumento de 2% nos níveis de tau no sangue. Mas quando eles tiveram sua noite de sono privada, esse aumento foi de 17% nos níveis da proteína.

E os outros biomarcadores associados com demência ou Alzheimer não tiveram nenhuma alteração. Mas os pesquisadores ainda não têm certeza do porquê a proteína tau se acumula no sangue, daqueles que dormem mal. Mas eles têm algumas ideias.

“Quando os neurônios são mais ativos, eles secretam mais tau. Pode ser que, quando permanecemos acordados por longos períodos, muito mais do que as 15 a 18 horas diárias que deveríamos, então isso aumenta os níveis de tau a um ponto em que excede a capacidade do cérebro de limpá-la efetivamente por um período de 24 horas”, sugere o Dr. Jonathan Cedernaes, um dos autores do estudo.

Resultado

Uma outra possibilidade pode ser que essa falta de sono impeça que o cérebro consiga limpar a proteína. Ou então, que o cérebro, quando é danificado, seja por qualquer forma, ele libera mais tau. Por exemplo, os traumas cranianos aumentam o nível dessa proteína no sangue. Por isso, uma perda de integridade cerebral, por falta de sono, pode aumentar a quantidade de tau.

Mesmo com esse estudo, mais pesquisas ainda precisam ser feitas, para que se possa confirmar essa relação do sono com a proteína e o Alzheimer.

“Atualmente, não sabemos exatamente o que essas mudanças representam, nem temos dados indicando que uma ou várias noites de perda de sono levem a algum evento prejudicial permanente no cérebro. Muitas pessoas são forçadas a sofrer repetidas crises de perda de sono e mantêm uma cognição perfeita ao longo da vida”, concluiu Cedernaes.

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