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Essa é a melhor coisa a se fazer quando alguém te pedir dinheiro na rua

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Assim como todos nós, Andrew Siegel passa por vários moradores de ruas todos os dias, ao caminhar pela cidade onde mora. Quando as pessoas lhe pediam dinheiro, Andrew se sentia desconfortável, queria ajudar mas ficava apreensivo em apenas entregar o dinheiro, atitude que, para ele, não parecia fazer uma mudança duradoura na vida do indivíduo que recebia. Mas, quando ele deu nada, o incomodou mais ainda.

Precisamos lembrar que não temos o intuito de criticar, julgar, muito menos impor verdades absolutas. Nosso objetivo é único e exclusivo de informar e entreter. Por isso, o conteúdo dessa matéria se destina a aqueles que se interessarem e/ou identificarem.

Marcellus é um morador de rua, e assim como Andrew – e como nós – vê pessoas caminhando nas ruas e passando por ele todos os dias. Ele mora nas ruas da Filadélfia (Pensilvânia – EUA) por cerca de 4 ou 5 anos. Ele diz que “Ser desabrigado não é fácil. É, tipo, acordar com fome, ir dormir com fome.” E, na maioria das vezes as pessoas ficam hesitantes em dar dinheiro ou ajudar.

Incomodado com essa situação, Andrew começou a pensar no que poderia fazer para mudar esse constrangimento/incômodo/etc. – e assim surgiu o StreetChange. Se trata de um aplicativo que permite que as pessoas façam doações direcionados a pessoas desabrigadas – seja comida, roupas, escovas de dentes, até mesmo cortes de cabelo. Para colocar seu plano em prática, Siegel fez pareceria com Dan Treglia, pesquisador da Escola de Política e Prática Social da Universidade da Pensilvânia; e Michael Brody, pesidente e CEO da Associação de Saúde Mental do Sudeste da Pensilvânia (MHASP).

As equipes de divulgação da MHASP, cadastraram pessoas desabrigadas, que queriam participar, e recolheram uma lista de 10-15 itens que necessitavam. A cada participante foi dado um pequeno controle (keyfob), que emite um sinal quando estão em um raio de 45 metros de alguém com que possui o app. Quando os usuários do StreetChange estão dentro desse raio, recebem uma notificação e podem ver quais itens a pessoa desabrigada solicitou. Então é possível doar qualquer quantia de dinheiro (mesmo que seja apenas 1 dólar, no caso deles).

Porém, mais que isso, o projeto auxilia esses moradores de rua, para ajudá-los com seu futuro. Jason Moriber, chefe de design, que tem feito um grande trabalho em torno de uma série de questões sociais, incluindo igualdade na educação, apesar não estar diretamente envolvido com o projeto diz que “Ser trazido para a comunidade faz uma grande diferença. Se qualquer pequena tecnologia dá a alguém acesso a um mundo que ainda não teve antes, está automaticamente inserido.” Quando uma pessoa se sente capacitada, ela pode fazer grandes mudanças no mundo real.

No Reino Unido, uma instituição de caridade, chamada Broadway, produziu um programa piloto, de pequena escala, onde perguntavam a pessoas desabrigadas o que precisavam para mudar suas vidas. As respostas variavam desde tênis até dinheiro para pagar um empréstimo.

Então, a instituição simplesmente lhes deu o dinheiro para fazer o que achavam preciso, na condição de que eles trabalhassem com pessoas que lhes ajudariam a chegar a um orçamento de trabalho. No total, 13 pessoas aceitaram o acordo, no final 11 pessoas tinham saído das ruas, sugerindo que uma combinação de dinheiro e direção pode ajudar pessoas sem teto a se re-estabilizarem.

O aplicativo, StreetChange, inicia uma conversa entre a sociedade e o morador de rua. Para Evan Figueroa-Vargas, um funcionário da MHASP, “O objetivo é que este indivíduo não apenas pegue suas meias hoje, mas também volte amanha e, talvez, ao voltar amanhã possamos desenvolver um plano de metas de recuperação com essa pessoa.”

Segundo Brody, “isso gera confiança, porque muitas pessoas sem moradia nem sempre confiam nas organizações criadas para ajudá-las. Às vezes, ao entrar no sistema, eles foram forçados a fazer coisas contra sua vontade. Essa é outra maneira de construir um relacionamento com eles, para construir uma ponte sobre a razão de estar conversando uns com os outros e passar algum tempo juntos.”

No Brasil, existe o app Ampare.me, ele apresenta um mapa que lista pontos de ajuda aos necessitados em todo o país. Com o mesmo objetivo do StreetChange. Para usar o Ampare.me, basta baixar o app e procurar os pontos de ajuda mais próximos de você, para contribuir. Se não houver projetos listados, você “pode indicar projetos sociais e criar uma grande base de amparo aos moradores de rua para que pessoas desta mesma região achem projetos para colaborar, ou indicar para necessitados.”

De acordo com o diretor da empresa e idealizador do projeto, José Jarbas, “A ideia do Ampare.me é ser um aplicativo para amparar moradores de rua e necessitados. E também para ajudar as pessoas a exercerem sua cidadania, ajudando ao próximo através da tecnologia. Nem todos têm a possibilidade de sair para as ruas e ajudar quem precisa. Mas com poucos cliques já é possível cadastrar uma campanha de agasalhos, por exemplo, ou encontrar uma que fica no trajeto de casa para contribuir”.

Além disso, o Ampare.me tem como próximo passo ajudar os moradores de rua a encontrar suas famílias. O intuito é que as pessoas possam cadastrar e contar a história dos moradores de rua de sua região. Jarbas diz que “Todo mundo conhece pelo menos de vista, um morador de rua que habita seu bairro. As vezes não sabem nem o nome desta pessoa, ou muito menos sua história. Normalmente triste. O Ampare.me quer mudar isso e ajudar na reinserção destas pessoas em suas comunidades através da tecnologia”.

Então pessoal, o que acharam da matéria? Gostaram da ideia? Já conheciam? Quais outras maneiras bacanas de ajudar as pessoas vocês podem compartilhar com a gente? Encontraram algum erro na matéria? Ficaram com dúvidas? Possuem sugestões? Não se esqueçam de comentar com a gente!

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