Ciência e Tecnologia

Esse dinossauro foi descoberto pelo seu nariz

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O ano de 2020 não foi muito proveitoso para muitas pessoas que ficaram em casa reassistindo suas séries preferidas. Mas enquanto isso, cientistas que tiveram acesso aos laboratórios e continuaram suas pesquisas tiveram grandes avanços. O estudante de doutorado Jeremy Lockwood é um deles. Durante o isolamento social, passou seus dias tentando encontrar uma nova espécie de dinossauro.

Incrivelmente, o doutorando achou uma nova família desse animal, que ele descreveu em um estudo publicado no Jornal de Paleontologia Sistemática. Jeremy Lockwood está no programa de doutorado da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra e, em 2020, gastou tempo catalogando todos os ossos de iguanodônticos já descobertos na Ilha de Wight.

Os iguanadons

Iguadons viveram no planeta desde o final do periódo Jurássico até o início do Cretáceo. Os monstros de 900 quilos possuíram a característica de ter um quinto dedo preensor e espetos nos polegares. Segundo o doutorando, por mais de cem anos, só vimos dois tipos de dinossauro na Ilha de Wight,o Iguanodon bernissartensis e Mantellisaurus atherfieldensis. Mas diferenças pequenas nos ossos analisados fizeram com que Lockwood desconfiasse que existia uma outra espécie. Por isso, ele mediu, fotografou e estudou a anatomia de cada osso.

Jeremy reconstruiu o crânio da espécie, que estava guardado há décadas, desde 1978. O pesquisador descobriu que o crânio tinha características marcantes, incluindo o nariz grande. Então, o dinossauro foi descoberto pelo nariz.

O número de dentes que estavam no crânio foi um sinal de que o dinossauro era de outra espécie. O Mantellisaurus tinha só 23 ou 24 dentes, mas o crânio da pesquisa tinha 28! A nova família, denominada de Brighstoneus simmondsi pelo Jeremy também possuía um nariz diferente dos demais iguanodons. As espécies já conhecidas tinham um nariz reto.

O pesquisador ficou feliz quando descobriu que o dinossauro tinha um nariz arredondado, porque foi nesse momento que ficou óbvio que o estudo não foi em vão. O autor ainda disse que é bastante comum descobrir novos dinossauros em porões de museus em vez de no campo, como era antigamente.

Joseph Smit

A nova espécie

O dinossauro que foi descoberto pelo nariz viveu no período Cretáceo Inferior, quando grama e plantas com flores não eram amplamente disponíveis. A espécie provavelmente teve que comer plantas mais resistentes como galhos de pinheiros e samambaias.

Por meio dos ossos da coxa e do fêmur, os pesquisadores chegaram na estimativa de que o dinossauro tinha cerca de 8 metros de comprimento e pesava por volta de uma tonelada. Essa descoberta é importante para revelar como era a Terra há milhões de anos.

Segundo o Matthew McCurry, curador de paleontologia do Museu Australiano de Sidney e conferecista sênior da Universidade de New South Wales, descrever novas espécies de dinossauros é o primeiro passo para juntar as informações de como eram os ecossistemas antigamente e como mudaram com o tempo.

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