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Esse é o lugar na Terra onde não há nenhum tipo de vida

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Entre os critérios usados para medir se um planeta é habitável, estão as características de um solo rochoso, um tamanho similar ao da Terra e uma distância, não muito grande, em relação à sua estrela. Todas essas condições fazem com a temperatura propicie a presença de água líquida. Sendo essa condição ideal para o desenvolvimento da vida. No entanto, por mais que a Terra possua essas condições, há um lugar onde há nenhum tipo de vida.

Todos nós sabemos que a Terra possui água e condições ideias para o desenvolvimento de vida. Porém, essa sobrevivência não pode ser garantida em todas as superfícies do planeta. Pelo menos, esse é o caso das fontes geotérmicas da Dallol, na Etiópia.

Um lugar sem vida

Segundo pesquisadores, ao visitar o local, não foi possível encontrar nenhum tipo de organismo vivo. Um lugar, em que as temperaturas ultrapassam os 45 °C, mesmo no inverno. E que mesmo repleto de água, o calor faz com que essas “piscinas salgadas” produzam gases tóxicos, como o magnésio. Assim sendo, não há vida nem mesmo em águas quentes, hiperácidas e hipersalinas dos lagos da região.

De fato, o que existe é uma grande quantidade de halophilic archaea. Em resumo, um tipo primitivo de microrganismo presente no deserto e nos canyons, próximos ao local.

Por mais que não possa parecer a uma primeira vista, esse estudo ajuda a estabelecer os limites da habitabilidade. Uma vez que, se mesmo na Terra podemos encontrar lugares assim, é preciso ter cautela para interpretar outros planetas. Bem como suas assinaturas biológicas e morfológicas.

Além disso, esse estudo também traz outros resultados interessantes. Inclusive, de lugares na Terra que são, de certa forma, “estéreis” para a vida. Ou seja, mesmo com água, espaços onde pode não existir vida. Uma informação que coloca à prova nossa busca por novos planetas.

“Não esperamos encontrar formas de vida em ambientes semelhantes em outros planetas, pelo menos não com base em uma bioquímica semelhante a bioquímica terrestre”, afirmou um dos pesquisadores.

Vida em novos planetas

Uma outra pesquisa recente também questiona o conceito do que seria um lugar habitável. Uma vez que diversos outros trabalhos busquem encontrar pista da existência em outros planetas, isso é algo claro. Contudo, a dissertação de mestrado de Luander Bernardes busca apresentar um novo olhar sobre o caso.

Nesse contexto, a pesquisa é centrada na astrobiologia e busca definir novos parâmetros de habitabilidade planetária. Já que água e solo podem não cultivar a vida. Por outro lado, podem existir outras formas de vida que não precisem desses elementos. Como é o caso dos seres extremófilos, por exemplo.

Esses seres são capazes de sobreviver sob condições extremas de temperatura, pressão, umidade, nível de radiação, salinidade e pH. O que seria impossível se pensarmos, no caso de seres humanos. E também estaria mudando todo o conceito que conhecemos de habitabilidade planetária.

E essa ideia não é de hoje. Planos para desenvolver a vida de forma direta em um planeta, ou transferir para outro corpo celeste sempre existiram. Esse processo, conhecido com panspermia, pode estar mais perto do que imaginamos. No entanto, até lá, tudo o que nos resta é cuidar do planeta Terra. Já que nem toda a superfície é habitável, é melhor aproveitar tudo o que temos.

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