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Esta foi a condição da Disney para comprar a franquia Star Wars

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Com os anos, a Walt Disney adquiriu o hábito de comprar outros estúdios para se juntar ao seu. Assim, aos poucos, a empresa se tornou um verdadeiro império. Em outubro de 2012, por exemplo, a empresa comprou a Lucasfilm por cerca de U$ 4 bilhões de dólares. Aproveitou o cenário e já anunciou a produção de mais uma trilogia. O infame prelúdio que até hoje divide opiniões. No entanto, as negociações envolveram condições que influenciaram diretamente no futuro da franquia. As revelações apareceram no livro de memórias de Bob Iger, o CEO da companhia.

Na obra intitulada The Ride of a Lifetime: Lessons Learned from 15 Years of the Walt Disney Company, o executivo conta a respeito o tempo que ficou à frente de uma das maiores companhias da área do entretenimento. De acordo com ele, uma das cláusulas visada o controle total da empresa sobre o produto. Ou seja, ao vender sua criação, George Lucas concordaria em abrir mão das decisões criativas referentes ao universo Star Wars. O cineasta criou a odisseia espacial no final da década de 1970. Uma Nova Esperança, o primeiro filme da saga, chegou aos cinemas em 1977, o qual escreveu e dirigiu.

Lucas ficou longe da direção de O Império Contra-Ataca e de O Retorno de Jedi. Contudo, participou como co-roteirista. Em contrapartida, ele voltou a ficar à frente do projeto com a trilogia prelúdio. Em seu livro, Iger diz ter deixado esclarecido ao cineasta que ele não teria qualquer tipo de controle sobre a obra. “Prometi que estaríamos abertos às suas ideias. Essa era uma promessa difícil de fazer. Claro que estaríamos abertos às ideias de George Lucas, mas não teríamos nenhuma obrigação”, escreveu. E isso foi um problema depois.

Bob Iger diz ter comprado as sugestões de Lucas para os filmes prelúdio, porém, o estúdio eliminou as ideias. “Ele ficou desapontado por sua história ter sido descartada”, revelou. E esse estava longe de ser o fim da insatisfação do cineasta com sua criação.

O papel de George Lucas após a venda do estúdio

Star Wars já era uma marca fortalecida quando a Disney adquiriu os direitos da franquia. Embora houvesse apenas três filmes lançados na época, o universo cresceu. Foram publicados diversos romances, quadrinhos e jogos. Os quais, vale lembrar, tiveram alguns títulos desconsiderados após a compra. Apesar de não ter mais a palavra final sobre o futuro da franquia, após a venda do estúdio para a Walt Disney, Lucas ainda participou de diversos projetos. O cineasta serviu como consultor para o universo expandido.

Mesmo assim, Lucas ficou aborrecido que suas ideias para os filmes continuavam fora de cogitação. Por isso, não é surpresa que ele desaprove a história de O Despertar da Força, Os Últimos Jedi e A Ascenção Skywalker. Isso porque desde o começo, a Disney se mostrou inflexível em abrir mão do controle criativo da franquia. Iger desejava a licença de Star Wars muito antes do acordo ser finalizado. Portanto, faz sentido ele ser tão rígido quanto ao envolvimento de Lucas na continuação. Em especial devido a recepção da segunda trilogia. Ainda que suas ideias tenham sido dispensadas, o cineasta teve envolvimento com os longas.

Em suma, Bob Iger sempre respeito a opinião de George Lucas e sua visão criativa. Entretanto, ele também sempre fez questão de garantir a soberania decisiva de sua equipe em cima da obra.

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