História

Arqueólogos encontram 6 esferas de pedra na Costa Rica

Arqueólogos encontram 6 esferas de pedra na Costa Rica
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Na pacata Isla del Caño e no Delta de Díquis, na Costa Rica, arqueólogos encontraram 6 esferas de pedra perfeitamente redondas. Esses objetos pertencem à extinta cultura Díquis e se somam a outras cerca de 300 petrosferas já achadas.

Depois da detecção das bolas, a equipe de pesquisadores estabilizou a superfície dos materiais com remendos de argamassa, a fim de aumentar a dureza deles.

Além disso, o grupo enterrou as pedras novamente, dessa vez com camadas de geotêxtil, cascalho e areia. Com isso, é possível homogeneizar a temperatura do sistema, e ainda por cima, evitar o contato das esferas com a acidez do solo argiloso. Assim, é possível preservar melhor essas esferas que carregam tanta história consigo.

Fonte: INAH

A cultura Díquis

A princípio, os Díquis surgiram no Vale do Rio Grande de Térraba, entre os anos de 800 d.C – 1500 d.C. Durante este tempo, esse povo construiu grandes estruturas de habitação ao longo do Rio Térraba e dos mananciais que se ligavam a ele.

Culturalmente, os artesãos desta comunidade criaram sofisticados objetos de osso, couro e ouro. No entanto, o que mais chama atenção são as esferas de pedra perfeitamente moldadas. Na época, os Díquis viam essas bolas como ornamentos em praças públicas e casas de pessoas com poder dentro desse povoado.

A propósito, a composição dessas guarnições na maioria das vezes inclui o gabro, uma rocha de cor escura e formada a partir do resfriamento do magma da composição basáltica. Além disso, há também exemplares construídas com arenito e calcário.

Depois que os espanhóis colonizaram o continente americano, os representantes dessa cultura desapareceram aos poucos. Logo, as esferas também começaram a perder o seu valor simbólico, e só ganharam destaque de novo em 1939. Neste ano, fazendeiros encontraram as estruturas arredondadas durante a limpeza de um terreno para plantio de bananas.

Descoberta das esferas

A princípio, os trabalhadores da United Fruit Company viram as esferas como meros obstáculos à plantação de bananeiras. Portanto, muitas delas se moveram de onde estavam através da força de escavadeiras.

Porém, muitas histórias começaram a surgir quanto ao que havia dentro das pedras. Como consequência disso, os trabalhadores passaram a cavar buracos na superfície arredondada e, em seguida, explodir dinamites. Afinal, existia um rumor de que as bolas abrigavam ouro em seus interiores.

Fonte: Instituto Geográfico Nacional

Todavia, essa corrente de crença gerou apenas a destruição destes objetos históricos. Logo, assim que pesquisadores se deram conta do valor histórico dessas peças, começaram um trabalho de restauração das esferas.

Dessa forma, foi possível disponibilizar aos estudos um total de mais de 300 pedras. A maioria delas pode ser vistas no Museu Nacional de São José, na Costa Rica. Além disso, as petrosferas se tornaram parte do Patrimônio Mundial da UNESCO.

Ainda assim, muitas histórias pairam em torno das origens dessas pedras. De início, há quem diga que as pedras possuem origem no lendário reino de Atlântida. Por outro lado, crenças paralelas afirmam que quem produziu os objetos foi a própria natureza, sem interferência humana alguma, o que é muito difícil de ser real.

Atualidade

O fato é que agora esses materiais possuem os cuidados do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) e do Museu Nacional da Costa Rica (MNCR). Afinal, por mais que as esferas sejam feitas de rochas, elas são vulneráveis às ações da umidade e das inundações típicas da região. Sim, está correto aquele ditado que diz que água mole, pedra dura, tanto bate até que fura.

Outra curiosidade é que, nos dias atuais, além do Estado, há outra fonte de preservação da cultura Díquis. Afinal, pessoas mais abastadas na Costa Rica colocam réplicas das esferas em seus jardins, como se fosse um enfeite, da mesma forma que esse povo do milênio passado fazia.

Fonte: Só Científica.

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