Ciência e Tecnologia

Alguma coisa está matando as galáxias mais extremas do universo

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Espantosamente galáxias estão morrendo em regiões extremas do universo. Além do mais, a formação de novas estrelas está diminuindo drasticamente. Tudo isso tem deixado os astrônomos com a pulga atrás da orelha e eles desejam entender o que, de fato, está acontecendo nos confins do espaço.

O Canadá está liderando um projeto que envolve um dos principais telescópios do mundo e que pretende fazer exatamente isso. O programa, chamado Virgo Environment Traced in Carbon Monoxide survey (VERTICO), está acompanhando e investigando como e a razão da morte dessas galáxias. Os cientistas também estão procurando pelo “assassino”.

Cerca de 30 pesquisadores estão envolvidos no projeto. Eles estão utilizando o rádio-observatório Atacama Large Milimeter Array (ALMA), para mapear o gás molecular do hidrogênio, em 51 galáxias de  nosso aglomerado de galáxias mais próximo, o Aglomerado de Virgem. O gás molecular do hidrogênio é um elemento essencial para a geração de novas estrelas.

O ALMA é constituído por um conjunto de 66 antenas, das quais 54 possuem 12 metros de diâmetro e as demais com 7 metros de diâmetro. Elas estão conectadas a uma altitude de 5 mil metros, no deserto do Atacama, no Chile. O rádio-observatório foi comissionado em 2013, por cerca de 1,4 bilhão de dólares. O projeto se trata de uma parceria internacional entre Europa, Estados Unidos, Canadá, Japão, Coréia do Sul, Taiwan e Chile.

Em suma, o ALMA é o telescópio milimétrico de comprimento de onda mais avançado do mundo. Sendo ele ideal para o estudo de nuvens de denso gás frio, responsável pela formação de novas estrelas. Entretanto, esse gás não pode ser visto utilizando luz visível.

Aglomerados

Algumas coisas, como onde essas galáxias se encontram e como elas interagem com o ambiente e entre elas mesmas, influenciam sua capacidade de formar estrelas. Entretanto, como esse “ambiente” influencia na vida ou morte de uma galaxia, ainda é um mistério.

No interior denso e inóspito dos aglomerados de galáxias, elas interagem fortemente com o ambiente e entre si. Tais interações é que podem estar matando ou extinguindo a formação de novas estrelas. Portanto, compreender os mecanismos que impedem a formação de estrelas e como eles o fazem é o principal objetivo da pesquisa do VERTICO.

Acredita-se que, à medida que as galáxias caiam através dos aglomerados, o plasma intergalático remove rapidamente seus gases. Assim, a remoção desses gases representa a morte da galáxia, a transformando em algo morto, a qual nenhuma nova estrela será formada.

ciclo de vida

A alta temperatura nos aglomerados também pode estar impedindo o resfriamento de gás quente, que é consumido à medida que uma nova estrela é formada. O que leva a um desligamento lento da formação estelar. Esse processo ficou conhecido como estrangulamento.

O Aglomerado de Virgem é o local ideal para que os cientistas realizem um estudo detalhado sobre o ambiente espacial. Além da proximidade, ele se encontra em formação. Isso significa que podemos obter amostras de galáxias em diferentes estágios de seus ciclos de vida. O que pode nos dar uma imagem detalhada sobre como a formação de estrelas é interrompida nas galáxias de aglomerados.

Acredita-se que, com a ajuda do ALMA, seremos capazes de capturar mapas de alta resolução de gás hidrogênio molecular. Assim, ao mapearmos o gás formador de estrelas nas galáxias, o VERTICO avançará nosso entendimento sobre como as galáxias evoluem em locais mais densos, no Universo.

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