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Estrela descoberta recentemente é tão estranha que astrônomos não conseguem explicá-la

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De acordo com o jornal espanhol ABC, desde a descoberta da estrela ‘Tabby’, em 2015, outras estrelas mais estranhas ainda começaram a aparecer. A última descoberta, recentemente, registrou 28 “escurecimentos anômalos” em 87 dias, “sem que haja uma explicação aparente”.

Tal comportamento deixa os pesquisadores intrigados. Especialmente, por ser mais comum que estes escurecimentos em estrelas indiquem a presença próxima de um planeta. O que oculta a luz da estrela cada vez que passa por ela. No entanto, neste caso, o argumento não é válido. Em particular, porque os astrônomos não conseguiram identificar um padrão regular para quando ocorria a perda de luminosidade. E se o padrão não é regular, talvez, não se trate de um planeta.

Esse fenômeno, quando regular, envolve a falta de luz na estrela. Ele é ocasionado pelo que os cientistas chamam de trânsitos planetários. Porém, mesmo sendo semelhantes em forma e em intensidade, os trânsitos planetários não podem explicar em totalidade o comportamento da estrela. Quando os investigadores da Universidade de Austin, no Texas, estudaram a fundo os dados coletados, puderam confirmar que os “apagões” aconteciam em um ritmo “totalmente irregular, sem qualquer rotina aparente”.

Para Hugh Osborn, coautor do estudo realizado pelo Laboratório de Astrofísica de Marselha, em França, “há dez anos que observamos estrelas que possuem este grau de precisão, mas esta é a primeira vez que encontramos algo que parece ser um planeta em trânsito, mas que não tem uma periodicidade aparente. Algo estranho está para acontecer”.

O comportamento estranho da estrela fez com que os cientistas começassem a fazer novos questionamentos. “Será um sistema de planetas ou uma mega-estrutura alienígena?”.

Quando ‘Tabby’, por exemplo, foi descoberta, a provável hipótese de se tratar de uma estrutura alienígena foi descartada. E agora, tal hipótese surge novamente, mesmo havendo outras possibilidades.

Por outro lado, um dos autores do estudo, o cientista Vander Burg, reconhece que atribuir fenômenos desconhecidos como se fossem explicações alienígenas é algo bem comum. Independente de qualquer suposição, cabe a ciência conseguir explicar os fenômenos.

Para os astrônomos, caso todos os escurecimentos de HD 139139 se devessem a trânsitos planetários, isso significaria que o remoto sistema conta com um número muito grande de planetas. Muito mais do que qualquer outro sistema planetário conhecido.

Uma das explicações possíveis para a perda de brilho da estrela seria também um cinturão de asteroides ou um planeta que esteja a desintegrar-se. Mas, de acordo com os investigadores, mesmo um planeta desfeito aos pedaços continuaria a produzir padrões identificáveis. E, caso se tratasse de um cinturão de asteroides, teriam todos os pedaços o mesmo tamanho e densidade (tal como as perdas de luz na estrela).

Os astrônomos vão continuar a estudar o comportamento da estrela. Farão isso até que haja explicação para os estranhos padrões de luz registrados.

Tabby

Em 2018, uma equipe internacional, com mais de 200 pesquisadores, publicou os primeiros resultados de um estudo. Este monitorou por 22 meses a estrela Tabby. Os dados descartaram oficialmente a hipótese que a alçou, com o perdão do trocadilho, ao estrelato em 2015. Ou seja, a ideia de uma mega estrutura alienígena não explica suas oscilações de brilho extremas. Para quem não se lembra, o telescópio espacial Kepler, da NASA, revelou que até 21% da luz que o astro emite é bloqueada por alguma coisa em trânsito entre a Terra e a Estrela de Tabby (apelidada em homenagem à astrônoma que a descobriu, Tabetha Boyajian). Um planeta como Júpiter, por exemplo, bloquearia no máximo 1%.

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