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Estudo encontra maneira de identificar câncer nos rins de modo precoce

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É bem conhecida a importância de se realizar o diagnóstico precoce de um câncer. Dessa maneira, o tratamento da doença se torna mais possível, pois se dirige a um tumor ainda em estágio inicial.

Nesse sentido, pesquisadores da Universidade de Porto, juntamente com médicos do Instituto Português de Oncologia, criaram uma técnica de detecção promissora. Em síntese, eles encontraram sinais biológicos capazes de indicar de forma antecipada a presença do câncer renal.

A propósito, eles publicaram o estudo completo na revista Cancers. Apesar de mais experiências serem necessárias, os resultados da pesquisa portuguesa são animadores. Sendo assim, a descoberta poderá melhorar a eficiência e a velocidade do diagnóstico de carcinoma nos rins.

Fonte: iStock

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De início, os pesquisadores utilizaram a digital droplet PCR (ddPCR), uma técnica que quantifica o material genético de forma rápida e sensível. Em seguida, os estudiosos perceberam a presença de microRNAs no plasma dos pacientes com câncer nos rins.

Em síntese, essa molécula detectada não produz proteínas, tal como faz o RNA em seu tamanho original. Ainda assim, ela faz parte de vários processos celulares. Como exemplo, inserimos os seguintes processos: proliferação, diferenciação, apoptose, resposta ao estresse e regulação transcricional. Logo, uma quantidade elevada desses corpos pode indicar que há alguma anomalia fisiológica.

“Este estudo analisou, pela primeira vez, a presença de microRNAs em amostras de plasma de doentes de cancro renal por ddPCR, uma combinação muito bem-sucedida e que mostrou resultados altamente promissores”,  informa o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, que integra a Universidade do Porto.

Em suma, o trabalho levou dois para apresentar as conclusões, chegando a analisar o sangue de 124 pessoas com câncer nos rins. Destas amostras, 90% apresentaram a anomalia quanto à presença do microRNA. Portanto, essa descoberta pode permitir o avanço no diagnóstico e na cura do carcinoma renal.

Fonte: iStock

Agora, o próximo passo do estudo é fazer testes com mais casos. Por isso, a intenção dos pesquisadores é aplicar a técnica em grandes hospitais, além de por a técnica à prova em populações fora da cidade de Porto. Assim, será possível ver o nível de confiança dessa técnica de detecção cancerígena.

Além disso, vale lembrar que o método não só detectou a presença, como também indicou o quão grave é a doença. “Foi possível também identificar os doentes com subtipo de carcinoma renal mais comum e um dos mais agressivos, o carcinoma de células claras, nos quais uma detecção precoce é de grande importância”, diz o estudo.

O câncer renal no mundo

A princípio, os rins são os órgãos que promovem o equilíbrio de água e sais do corpo, além de exercer uma função importante na eliminação de substâncias do organismo.

Nesse sentido, o câncer nos rins é um dos tipos mais fatais, em especial quando atinge a população masculina. Em homens, a chance de se ter essa doença é de cerca de 1 em 46. No caso das mulheres, essa proporção diminui para 1 em 82.

Este câncer é uma consequência da transformação das células dos túbulos que formam os néfrons. Estas passam a se procriarem de forma anormal e até, em alguns casos, a invadir outras partes do corpo (chamado de metástase). Em síntese, 30% dos diagnósticos são feitos quando o carcinoma já está em processo de metástase, o que demonstra a sua rapidez de propagação.

Fonte: Pfizer

Entre os fatores de risco, essa doença abraça a obesidade, a pressão alta e o fumo. Além disso, pacientes que realizam hemodiálise também apresentam mais chances de terem o carcinoma.

Por fim, a cura depende do estágio em que se deu o diagnóstico do câncer. Caso ele aconteça no início, a solução será a retirada de parte do rim com o tumor, processo que costuma obter bons resultados. No entanto, se o câncer já apresentar metástase, a resposta precisará contar com especialistas de várias áreas da medicina, além de psicólogos e nutricionistas.

Nessa última situação, as chances de cura são bem menores. Por isso, a comunidade científica aguarda com ansiedade o resultado final dos experimentos da Universidade de Porto.

Fonte: O Globo.

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