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Estudo mostra que apenas uma fração da dark web é usada para atividades ocultas

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A internet é algo que vem crescendo a cada segundo. Basicamente todas as pessoas têm acesso ao serviço, seja por meio de computadores, smartphones, tablets e vários outros produtos eletrônicos. Mas uma coisa, que poucos sabem, é que existe ainda a Dark Web.

A Dark Web é um tipo de internet obscura ou um endereço obscuro, que refere-se a qualquer servidor de rede tido como inalcançável. É uma forma de burlar softwares, configurações ou autorizações específicas para acesso. Ela faz parte da conhecida Deep Web.

No entanto, a dark web tem uma reputação duvidosa e é um lugar mal compreendido. Além do mais, a conotação que o seu nome implica não representa a maioria das atividades que acontecem dentro dos seus limites.

Dark web

De acordo com um novo estudo liderado por Eric Jardine, pesquisador de cibersegurança da Virginia Tech, é sugerido que apenas uma pequena fração da dark web seja usada para acessar sites ocultos. E nem sempre a atividade oculta é necessariamente ilícita.

Para fazer o estudo, Jardine e sua equipe analisaram dados da rede Tor. Rede que, normalmente, é considerada a maior e mais popular, que permite acesso anônimo e privado à web sem censura. Ela é usada através de um software especial que se conecta a um sistema de roteadores cebola, que são projetados já pensando em garantir o anonimato do usuário.

Contudo, não existe nada de necessariamente imoral ou errado nisso. A deep web é, na verdade, partes da internet que não são indexadas por mecanismos de pesquisas regulares. No entanto, parte da deep web é a dark web. E partes da dark web têm conteúdo malicioso.

Justamente por isso, é que os pesquisadores queriam avaliar o quanto da rede Tor estava sendo usada para fins ocultos e maliciosos, potencialmente.

Então, a equipe monitorou as assinaturas de dados coletadas dos nós de entrada do Tor. Com isso, eles conseguiram diferenciar os usuários que estavam usando o Tor para acessar sites regulares anonimamente e aquele que usavam para acessar conteúdo oculto.

Porcentagem

A surpresa foi que, apenas 6,7% dos usuários globais usavam o Tor para acessar serviços ocultos na dark web.

“Descobrimos que a maioria dos usuários do Tor se dirige para um conteúdo regular da web que provavelmente pode ser considerado benigno. Portanto, embora a rede de anonimato Tor possa ser usada para alguns fins altamente maliciosos, a maioria das pessoas em um dia normal parece usá-la mais como uma versão hiperprivada do Chrome ou Firefox”, explicou Jardine.

Ademais, a análise mostrou algo mais interessante. Ela mostrou que o uso do Tor, para acessar serviços ocultos ou conteúdos regulares, era diferente entre nações democráticas liberais e países com leis e direitos mais repressivos.

“A taxa média de provável uso malicioso do Tor em nossos dados para países codificados pela Freedom House como ‘não gratuitos’ é de apenas 4,8%. Em países codificados como ‘gratuitos’, a porcentagem de usuários que visitam o Onion / Hidden Services como uma proporção do uso diário total do Tor é quase o dobro, ou 7,8%”, escreveram os pesquisadores no seu  artigo.

Ou seja, pessoas que vivem em democracias liberais são mais propensas a explorar a dark web para fins maliciosos. Enquanto aquelas que vivem sob  regimes repressivos não democráticos tendem a usar o Tor como uma forma de driblar a censura.

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