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Estudo mostra que as teorias da conspiração anti-vacina vem das mesmas 12 pessoas

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Teorias da conspiração sempre existiram e sempre existirão. Enquanto algumas fazem um pouco de sentido, e até nos deixam com a pulga atrás da orelha, outras teorias da conspiração, definitivamente, ultrapassam os limites do bizarro. Talvez, isso seja reflexo do atual momento em que vivemos, onde tudo está estranho e nada mais faz sentido.

“Todos acreditam em pelo menos uma teoria da conspiração. Esses exemplos ativam os mesmos mecanismos que entram em ação quando nossos pensamentos se desenvolvem em si mesmos e se transformam em crenças conspiratórias mais arraigadas”, explicou o sociólogo Asbjørn Dyrendal, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU).

No momento atual, as vacinas contra o COVID-19 são a forma mais infalível de salvar vidas. Mesmo assim ainda existe uma hesitação que impede  os esforços vitais da imunização. Por isso, é mais importante do que nunca saber a origem dessa hesitação.

Estudo

Segundo pesquisas recentes, grande parte do problema tem um ponto de partida bem pequeno. Em um novo estudo, os pesquisadores descobriram que a maioria das conspirações anti-vacina que circulam na internet podem ser atribuídas a uma pequena quantidade de pessoas.

Ao todo, somente 12 pessoas e suas organizações são responsáveis por começa até 65% de toda a propaganda anti-vacina falsa e enganosa que é compartilha em redes sociais como o Facebook e o Twitter.

O número se baseia em uma análise de mais de 812 mil postagens tiradas do Facebook e do Twitter, entre primeiro de fevereiro e 16 de março de 2021. Essa análise foi feita pelo Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH) e Anti-Vax Watch, que é uma organização sem fins lucrativos  que monitora a indústria anti-vacina.

“Vivendo à vista do público na Internet está um pequeno grupo de indivíduos que não têm especialização médica relevante e têm seus próprios bolsos para arrumar, que estão abusando das plataformas de mídia social para deturpar a ameaça do COVID e espalhar informações incorretas sobre a segurança de vacinas”, explicou Imran Ahmed, CEO da CCDH.

“De acordo com nosso relatório recente, ativistas anti-vacinas no Facebook, YouTube, Instagram e Twitter alcançam mais de 59 milhões de seguidores, tornando-as as maiores e mais importantes plataformas de mídia social para antivaxxers”, continuou.

Origem

Segundo a pesquisa, essas 12 pessoas, a chamada dúzia de desinformação, está por trás de quase dois terços do conteúdo anti-vacina compartilhado na janela do estudo.

Os pesquisadores dizem que essas pessoas com contas influentes tem um grande número de seguidores e produzem um alto volume de conteúdo anti-vacina. E várias pessoas nas redes sociais acabam compartilhando esse conteúdo sem nem seguir uma dessas contas.

E a nova análise feita mostrou que a maioria das postagens anti-vaicna que são compartilhadas no Facebook e no Twitter são originais desse grupo relativamente pequeno de autores.

A influência que esse grupo tem varia dentre as redes sociais. Eles representam até 17% dos tweets anti-vaicna e 73% do conteúdo que é compartilhado no Facebook.

Saúde pública

Essa pesquisa foi originalmente lançada em março com o objetivo e que os líderes dessas redes sociais acabassem com essas vozes de informações falsas porque isso, na realidade, custam vidas.

“A desinformação se tornou uma ameaça direta à saúde pública. A mídia social está permitindo que antivaxxers recrutem milhões de americanos e os doutrinem com medo e dúvida. Se as grandes empresas de tecnologia não agirem agora, a pandemia se prolongará e mais vidas serão perdidas”, ressaltou Ahmed, em março desse ano.

Embora uma onda de pressão política para tomar medidas contra várias dessas contas identificadas, um estudo de acompanhamento feito pela CCDH e pelo Anti-Vax Watch, em abril, mostrou que 10 pessoas d grupo de 12 ainda estavam ativas nas redes sociais.

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