Já fizemos uma matéria com as 14 grandes mentiras que você sempre achou que eram verdade, mas hoje vamos mostrar para os nossos leitores algumas coisas que acontecem no nosso cérebro quando contamos uma mentira. E quem de vocês nunca contou uma mentira na vida, nem que seja por uma boa causa? Sim, as vezes elas são necessárias, mas o que acontece na nossa cabeça quando mentimos? Você já parou para se perguntar isso?
Pois bem, tendo em mente que pouca gente sabe o que acontece na nossa mente quando mentimos, resolvemos trazer para os nossos leitores um estudo realizado na University College London, no Reino Unido, que envolveu contar pequenas mentiras.
O estudo
Nesse estudo participaram 80 voluntários. Os cientistas pediram que os participantes adivinhassem quando o número de moedas de um centavo estava dentro de um vidro. Depois, eles precisariam enviar a sua opinião para pessoas desconhecidas usando um computador.
Os voluntários foram informados que quanto mais perto eles chutassem do resultado certo, mais beneficiados eles seriam. Em outro cenário, eles disseram que deduzir o resultado acima ou abaixo do valor certo iria beneficiar o parceiro.
Um dos autores do estudo, o Dr. Tali Sharot, em entrevista, disse o seguinte: “Quando mentimos para ganho pessoal, a nossa amígdala produz um sentimento negativo que limita a extensão até a qual estamos preparados para mentir. No entanto, esta resposta diminui à medida que continuamos a mentir, e quanto mais cai, maiores nossas mentiras ficam. Isso pode levar a uma ‘ladeira escorregadia’, onde pequenos atos de desonestidade transformam-se em mentiras mais significativas”
A conclusão
O estudo fez algumas descobertas interessantes. Quando contamos mentiras, mesmo que pequenas, elas dessensibilizam o nosso cérebro para emoções negativas. Isso nos encoraja a mentir mais no futuro. Esse estudo descobriu que as mentiras contadas para o bem podem aumentar gradualmente conforme elas agem no nosso cérebro.
O cérebro dos participantes foi mapeado enquanto elas faziam as taregas citadas, nas quais os participantes podiam mentir para se beneficiar. Foi descoberto que a amígdala (uma parte do cérebro associada á emoção) fica mais ativa quando os participantes do experimento mentiam.
A resposta da amígdala à mentira diminuía conforme uma mentira era contada. Sendo assim, os especialistas concluíram que as quedas nas atividades das amígdala geraram mentiras que seriam contadas no futuro. Loucura, não?
Dr. Neil Garrett, do departamento de Psicologia Experimental da University College London e que também fez parte do estudo, acha que o nosso cérebro reproduz respostas automáticas sobre atos irreais, ou seja, as mentiras. Quando isso acontece, nossas respostas emocionais se reduzem.
Ele explica que “isto está de acordo com as sugestões de que a amígdala sinaliza aversão aos atos que consideramos errados ou imorais. Nós só testamos desonestidade neste experimento, mas o mesmo princípio pode também se aplicar a escalonamentos em outras ações, tais como tomada de riscos ou comportamento violento”.
Mas e você tinha ideia de como haje o nosso cérebro quando mentimos? Comente!