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Experiências em rato sugerem que ocitocina pode ser usada no tratamento de Alzheimer

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Nossas lembranças são uma coisa muito importante para nós. Quem não gosta de se lembrar de algo bom que viveu? Mas infelizmente, milhões de pessoas em todo o mundo não possuem esse privilégio mediado pelas ondas cerebrais. A doença de Alzheimer progressivamente destrói a memórias e outras funções mentais importantes.

De acordo com a Associação de Alzheimer, os sintomas geralmente se desenvolvem de forma lenta e pioram com o tempo. Tornando-se graves o suficiente para interferir em tarefas diárias. Aproximadamente 44 milhões de pessoas vivem com essa doença em todo o mundo. Em 2050, esse número deve triplicar para 115 milhões.

A cura ou prevenção para esse mal ainda não foi descoberto. Mas foi visto que a ocitocina, que geralmente é chamada de “hormônio do amor”, pode afetar nossa memória. Mas as maneiras com que isso acontece ainda não são completamente claras.

Foi descoberto que a ocitocina não só causa danos na memória e efeitos amnésticos nos humanos, mas também pode fortalecer ou enfraquecer o desempenho nas tarefas de memória. Isso dependendo da personalidade da pessoa que for testada. Os estudos em animais encontram efeitos benéficos na memória em alguns casos.

Estudo

Um estudo feito pós morte descobriu que as pessoas que tinham doença de Alzheimer tinham níveis mais altos de ocitocina, nas áreas do cérebro que são relacionadas à memória. Isso sugere que os níveis elevados nessas áreas podem causar problemas de memória.

Mas um estudo recente feito em ratos, sugeriu que a ocitocina pode, potencialmente, ajudar contra os fatores que causam os problemas de memória que são vistos na doença de Alzheimer.

As pessoa que tem Alzheimer tem um acúmulo de uma forma tóxica de um peptídeo de ocorrência natural chamado beta-amiloide, no cérebro. Na forma não tóxica, ele está envolvido de alguma foram com a regulação, proteção e reparo do sistema nervoso central. Mas na forma tóxica, os grupos de beta-amiloides se juntam no cérebro e podem formar depósitos chamados de placas. E essa placas podem atrapalhar a função das células cerebrais. E, em algum momento, matar neurônios. Isso pode levar à perda de memória.

De acordo com o mostrado nos estudos, mesmo a exposição a curto prazo ao beta-amiloide pode ativar o sistema imunológico do cérebro. E essa resposta imunológica equivocada, que mata os próprios neurônios, está ligada ao desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Ocitocina

E estudos anteriores descobriram que a ocitocina pode fortalecer a memória social e também melhorar a memória espacial durante a maternidade, em ratos. Mas até o momento nenhum estudo tinha visto se a ocitocina podia impedir a beta-amiloide tóxica de diminuir a plasticidade sináptica, beneficiando a memória na doença de Alzheimer.

Os pesquisadores concluíram que a ocitocina pode sim ser um tratamento futuro para a perda de memória que é associada a distúrbios cognitivos, como por exemplo a doença de Alzheimer.

A descoberta é bastante interessante. Mas ainda não existem evidências fortes o suficiente para sugerir que a ocitocina possa prevenir ou reverter os problemas que o mal de Alzheimer causa. O estudo explora como uma coisa que já existe no nosso corpo pode interferir em um fator que pode causar a doença de Alzheimer. Mas os resultados devem ser olhados com cautela por enquanto.

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